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Guiné-Bissau: Caça ao voto termina sem incidentes

Braima Darame (Bissau)
28 de dezembro de 2019

A campanha eleitoral para as eleições de domingo (29.12) na Guiné-Bissau terminou sem incidentes. O discurso com o apelo ao voto étnico e religioso marcou a corrida presidencial para a sucessão de José Mário Vaz.

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Domingos Simões Pereira (PAIGC) e Umaro Sissoco Embaló (MADEM-G15), candidatos à Presidência da Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

Chegou ao fim esta sexta-feira (27.12) a campanha eleitoral com vista a segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau. Foram 15 dias de caça ao voto entre os dois candidatos que disputam a Presidência do país. Domingos Simões Pereira ou Umaro Sissoco Embaló: um deles será eleito já no domingo para um mandato de cinco anos.

Guiné-Bissau: Caça ao voto termina sem incidentes

Os dois encerraram a campanha na capital guineense, Bissau. Domingos Simões Pereira fechou o seu percurso no estádio Lino Correia, no centro da cidade. Em exclusivo à DW África, o presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder, não esconde a sua satisfação pela aderência ao seu manifesto eleitoral.

"Faço um balanço extraordinariamente positivo. Tive a oportunidade de viajar pelo país, andar pelas três províncias. Todas as nove  regiões do país. Ouvir os meus concidadãos guineenses, desde os mais jovens até aos mais velhos, ouvir as suas aspirações e preocupações e sentir que há uma forte adesão ao projeto que nós apresentamos que as pessoas querem ouvir falar de esperança, de futuro, de um projeto político capaz de congregar os guineenses", disse Simões Pereira, acrescentando que "todos compreendem que há uma candidato com projeto e com a visão do futuro".

Guinea Bissau Domingos Simões Pereira Präsidentschaftskandidat
Domingos Simões Pereira durante comício, em BissauFoto: DW/Braima Darame

O candidato do PAIGC afirmou que acredita na vitória porque o povo guineense está confiante: "Ouvi uma frase que me pareceu traduzir aquilo que é o sentimento geral do povo neste momento. Votar no Domingos Simões Pereira é colocar o povo no poder".

"Presidente exemplo"

Também aos microfones da DW África, falando de cima de uma viatura, o candidato Umaro Sissoco Embaló, do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), disse que será um Presidente jovem e pragmático.

"Com essa moldura humana que nos espera, estou confiante que 60% dos guineenses vão votar em mim no próximo domingo. Serei um Presidente exemplo, pragmático e da geração de concreto", afirmou Sissoco durante um ato de encerramento da sua campanha.

Sissoco espera que por ser mais jovem do que o seu concorrente terá o voto da juventude para ser eleito. O candidato apoiado pelo MADEM-G15 defendeu que: "O Nino Vieira quando foi o Presidente da Guiné-Bissau era mais jovem do eu, mas entre eu e o Domingos sou mais jovem. Já tenho 47. Alegro-me de ser o candidato mais jovem".

Guinea Bissau Umaro Sissoco Embaló  Präsidentschaftskandidat
Umaro Sissoco Embaló falou com a DW África durante o encerramento da sua campanha Foto: DW/Braima Darame

Tudo pronto para a votação

Para a votação deste domingo, que contará com mais de 7 mil agentes de segurança, o comissário nacional da Polícia da Ordem Pública, Armando Nhaga, garantiu esta sexta-feira (27.12) que tudo está pronto a 100 por cento.

Por seu turno, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambú, afirmou estar determinado em garantir eleições "livres e transparentes" e apresentar resultados "justos e credíveis".

"A Comissão Nacional de Eleições reafirma de forma inequívoca a sua determinação em observar integralmente todos os parâmetros das democracias modernas e pluralistas.Urge destacar que diferentes organizações da sociedade civil, congregadas numa célula de monitorização das eleições, estarão no terreno e em toda a dimensão do território nacional para o acompanhamento das operações de votação e apuramento local", informou Sambú.

O ato eleitoral deste domingo, que convoca mais de 760 mil eleitores guineenses, vai ser acompanhado pela comunidade internacional através de missões de observação eleitoral da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Organização Internacional da Francofonia, Organização da Cooperação Islâmica, Estados Unidos e Parlamento britânico.

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