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Guiné-Bissau: Presidente analisa pedido de demissão do PM

Lusa | tms
13 de janeiro de 2018

Umaro Sissoco Embaló apresentou o seu segundo pedido de demissão do cargo, esta sexta-feira (12.01), sem citar motivos. Presidência confirmou que está a analisar a solicitação.

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O primeiro-ministro guineense Umaro Sissoco Embaló (à esquerda) e o Presidente José Mário Vaz Foto: DW/B. Darame

De acordo com fonte da Presidência guineense, que confirmou o recebimento da carta de demissão do primeiro-ministro, após a análise do documento, José Mário Vaz vai "informar o país sobre a aceitação ou não", segundo citou agência de notícias Lusa.

Caso o pedido de demissão seja aceite, o Presidente deverá publicar um decreto a anunciar a exoneração de Embaló, que já é o quinto primeiro-ministro nomeado desde as legislativas de 2012.

Além de enviar carta de demissão ao gabinete presidencial, Umaro Sissoco Embaló, que ocupa o cargo desde 18 de novembro de 2016, anunciou a sua sua posição na sua página no Facebook.

Na publicação exposta na rede social, Embaló não especificou os motivos para o pedido de demissão, referindo apenas que havia apresentado ao chefe de Estado guineense a sua demissão pela segunda vez – a primeira foi a 6 de dezembro do ano passado.

Entretanto, segundo a edição online do jornal guineense "O Democrata", citado também pela agência Lusa, o pedido de demissão do primeiro-ministro tem a ver com uma situação que envolve os ministros João Fadiá, das Finanças, e Botche Candé, do Interior – facto que Embaló "não digeriu bem", de acordo com fontes ouvidas pelo "O Democrata".

O jornal afirma que o primeiro-ministro considerou que o Presidente, neste caso, esteve do lado dos seus ministros.

Guinea-Bissau Umaro Sissoco
Embaló disse que entregou ao Presidente um primeiro pedido de demissão no início de dezembroFoto: DW/B. Darame

"Demissão de Embaló não resolve problema em Bissau"

No mesmo dia em que Embaló apresentou o seu pedido de demissão a José Mário Vaz, o Movimento de Cidadãos Inconformados com a crise política no país acusou a comunidade internacional de "passividade e de brincadeira com o povo guineense", que sofre "com um regime anticonstitucional da República".

O porta-voz criticou a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a representação da ONU em Bissau, acusando-as de "falta de posição clara" perante a crise guineense.

"Estamos a pedir à comunidade internacional que se posicione de forma incisiva para demonstrar que, de facto, compreende o problema em que estamos, para demonstrar que não está a dormir perante um Governo ilegal", declarou Sumaila Djaló.

Sobre o pedido de demissão do primeiro-ministro, o porta-voz dos Inconformados disse que a saída de Embaló "por si só não resolve o problema".

"Se o 'Jomav' quiser demitir o seu Governo que o demita. Mas o problema é o Presidente, que deve demitir-se para irmos a eleições gerais antecipadas, em 2018", notou Djaló, referindo-se a José Mário Vaz pelo nome pelo qual é conhecido no país.

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