Governo de Angola combate falsificação de Bilhetes de Identidade

O Ministério da Justiça investiu em equipamentos tecnológicos apropriados para detectar rapidamente fraudes. Tanto os Bilhete de Identidade, como o Registo Criminal e outros documentos oficiais são falseados por uma rede criminosa bem montada. Trata-se de um negócio ilegal com elevados lucros.

Os bandos organizados montaram os seus esquemas sobretudo na periferia da capital do país. A máfia de elaboração e adulteração de documentos diversos, inclusive de certificados de habilitação, representa um problema para as autoridades. A polícia tem dado combate sistemático a esse crime levando muita gente para a cadeia.

Tecnologia moderna combate falsificação

Nos últimos tempos, a prática diminuiu consideravelmente também graças ao investimento das autoridades em meios tecnológicos capazes de inviabilizar a falsificação. Agora, para se obter um bilhete de identidade ou registo criminal, os documentos têm que passar primeiro por um processo de controlo rigoroso, que inclui a verificação do cadastro do cidadão. Onildo Guimarães, Director da Aplicação do Registo Criminal, explica: " O operador coloca o seu número de identificação na aplicação. Se, porventura, for um número válido, os dados são espelhados na aplicação" Caso contrário, a aplicação alerta para a falsidade do documento.

Medidas de segurança

Quando o posto de identificação detecta alguma anomalia num processo, os dados são enviados para o centro de verificação para a devida avaliação, diz Job Samota, da área de análise de processos: "Quando apuramos que se trata de um documento falso, remetemos o caso para a investigação criminal".

Os postos de identificação espalhados pelo país, são monitorizados em Luanda. Através de sensores, anunciam problemas nos postos de emissão do bilhete de identidade. Todos os processos estão guardados num lugar considerado seguro. Os dados são actualizados quinzenalmente diz o engenheiro informático, Braulio Gonçalves: "Estão aqui os "back-ups" de toda a informação do país. Os "back-ups" são mantidos em fitas guardadas pelo próprio Ministério".

Autor: António Carlos (Luanda)
Edição: Cristina Krippahl/António Rocha