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Protestos anti-racismo continuam em todo o mundo

Lusa | Reuters
7 de junho de 2020

Donald Trump ordenou, este domingo (07.06), a retirada da Guarda Nacional da capital Washington. Em várias cidades europeias, as manifestações deste sábado (06.06) ficaram marcadas pelos confrontos com a polícia.

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Deutschland Black Live Matter Proteste in München
Munique, AlemanhaFoto: picture-alliance/Zumapress/S. Babbar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ordenou, este domingo (07.06), a retirada dos 3.900 elementos da Guarda Nacional mobilizados para controlar as manifestações contra a morte de George Floyd, o racismo e a violência policial que agitaram a capital e o país nas últimas duas semanas.

"Acabo de dar uma ordem para que a nossa Guarda Nacional inicie o processo de retirada de Washington, agora que tudo está sob controlo. Eles vão para casa, mas podem regressar rapidamente, se necessário. Ontem à noite apareceram muito menos manifestantes do que o previsto", disse o líder da Casa Branca, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

A ordem surge no mesmo dia em que alguns meios de comunicação social norte-americanos revelaram, com base no testemunho de um funcionário do governo, que o presidente terá proposto na passada segunda-feira avançar com 10.000 militares para as ruas de Washington e de outras cidades para conter os protestos. 

Milhares de pessoas manifestaram-se pacificamente, este sábado (06.06), em várias cidades dos Estados Unidos, como Washington, Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Filadélfia e São Francisco.

Italien Black Live Matter Proteste in Rom
Participante dos protestos em Roma, ItáliaFoto: Reuters/R. Casilli

George Floyd, afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, Estado do Minnesota, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar. Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, e nos últimos dias também em dezenas de outras cidades do mundo.

Protestos na Europa

As Embaixadas dos Estados Unidos nos diferentes países da Europa têm sido o sítio escolhido pelos manifestantes para os protestos contra o racismo. Copenhaga, Budapeste, Milão, Roma e Madrid foram algumas das cidades que se juntaram, este domingo (07.06), a este movimento.

Em Copenhaga, na Dinamarca, mais de dez mil pessoas participaram numa marcha que partiu da embaixada dos Estados Unidos, no distrito de Osterbro, rumo ao parlamento, no Palácio Christiansborg. Segundo as agências de notícias, esta é uma das maiores manifestações contra o racismo realizada no país.

Confrontos

Londres, Berlim, Hamburgo e Marselha foram algumas das cidades europeias onde os protestos pacíficos de sábado (07.06) contra o racismo e em memória do afro-americano George Floyd registaram confrontos, com manifestantes detidos e polícias feridos.

Na capital da Alemanha, Berlim, os protestos deste sábado (06.06) terminaram com pelo menos 28 polícias feridos e "93 pessoas detidas".

Deutschland | Hamburg | Black Lives Matter Protest
Confrontos em Hamburgo, AlemanhaFoto: picture-alliance/dpa/C. Charisius

Segundo a polícia alemã, o protestos foi amplamente pacífico, no entanto, cerca de uma hora após o final da manifestação anti-racista, um grande grupo de pessoas começou a atirar pedras e garrafas à polícia, o que provocou confrontos.

Também em Hamburgo, os protestos contra o racismo ficaram marcados por confrontos entre várias centenas de manifestantes e a polícia, resultando em várias detenções e pelo menos um oficial ferido.

Em Londres, onde os protestos continuam este domingo (07.06), registaram-se ontem, indicam os dados das autoridades, catorze detenções  e 10 polícias feridos.

Também em França, na cidade portuária de Marselha, a polícia disparou gás lacrimogéneo e gás pimenta durante os confrontos com manifestantes, que atiraram garrafas e pedras durante a manifestação pacífica, mas emotiva, acrescenta a agência.

A manifestação atraiu mais de duas mil pessoas e os manifestantes ajoelharam-se na frente à polícia de choque, com discursos e cânticos antes de sair em uma marcha pela cidade que terminou com confrontos entre policiais e manifestantes.

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