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PolíticaEstados Unidos

Congresso ratifica resultados eleitorais nos EUA

Lusa | ms
6 de janeiro de 2021

O Congresso dos EUA reúne-se hoje para ratificar os resultados das eleições presidenciais em dia de manifestação de apoio ao Presidente cessante, Donald Trump. Democrata vence eleições especiais para o Senado na Geórgia.

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Apoiantes de Trump reúnem-se em WashingtonFoto: Samuel Corum/AFP

Um grupo de senadores republicanos já fez saber que tenciona votar contra a contagem de votos em alguns estados nas eleições de 3 de novembro, na sessão conjunta das duas câmaras que serve para ratificar esses mesmos resultados.

Entre os senadores que prometem tentar a rejeição da ratificação de Joe Biden encontram-se nomes como os de Ted Cruz (Texas), Ron Johnson (Wisconsin) e Marsha Blackburn (Tennessee), que procuram manifestar assim lealdade à causa de Donald Trump, que acusa os democratas de terem "roubado a eleição".

A tentativa não deve ter sucesso, já que não deve reunir o número de votos suficientes e porque o próprio líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, já reconheceu a vitória de Biden, pedindo aos seus colegas de bancada para não se juntarem aos esforços de disputar os resultados eleitorais.

O Colégio Eleitoral deu a vitória ao democrata Joe Biden, por 306 votos contra 232 de Donald Trump, apesar dos esforços do Presidente cessante de contestar as contagens em alguns estados, nomeadamente na Geórgia, onde ainda esta semana foi acusado de tentar pressionar o governador daquele estado para reajustar os resultados a seu favor.

Milhares de manifestantes esperados em Washington

Será neste clima de contestação política que são esperados milhares de manifestantes nas ruas de Washington, juntando a sua voz à de Trump na denúncia da fraude eleitoral, em mais uma tentativa para evitar que o Presidente eleito, Joe Biden, tome posse, no próximo 20.

USA Präsident Donald Trump
Donald Trump continua a não admitir a derrota nas eleições de 3 de novembroFoto: Saul Loeb/AFP

As autoridades teme ações de violência e ordenaram a proibição de uso de armas durante a iniciativa. O departamento policial de Washington já anunciou que terá o apoio de 300 elementos da Guarda Nacional para assegurar a ordem nas ruas da capital dos Estados Unidos.

Nos últimos dias, o líder do grupo de extrema-direita e apoiante de Trump Proud Boys, Enrique Tarrio, foi detido, sob acusação de destruição de propriedade (numa anterior manifestação de apoio ao Presidente cessante), o que está a espicaçar membros de gangues associados a este movimento que estarão hoje em Washington.

Democrata vence na Geórgia

O democrata Raphael Warnock venceu as eleições especiais para o Senado dos Estados Unidos na Geórgia, ao bater a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se no primeiro senador negro na história do estado conservador. 

Georgia Senats-Stichwahlen | Raphael Warnock Demokraten
Candidato democrata Raphael WarnockFoto: Sue Dorfman/Zuma/dpa/picture alliance

Warnock, cuja vitória foi anunciada pelas cadeias de televisão norte-americanas CNN, CBS e NBC, é pastor na mesma igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado em 1968, em Atlanta, durante o movimento pelos direitos cívicos dos afro-americanos. 

"Esta noite, demonstrámos que com esperança, trabalho duro e pessoas do nosso lado, tudo é possível", disse Warnock aos apoiantes num discurso virtual.

O outro democrata em liça, Jon Ossoff, também estava à frente na contagem face ao senador republicano cessante, David Perdue, quando estavam contados 95% dos votos, segundo a agência de notícias Associated Press. 

Com uma dupla vitória na Geórgia, os democratas obteriam 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos. Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de "desempatar", fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.