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Etiópia: Milhares de pessoas nas ruas para apoiar governo

DW (Deutsche Welle) | com agências
7 de novembro de 2021

Protestos realizaram-se em várias cidades, com manifestantes a criticarem sanções dos Estados Unidos contra a Etiópia. Papa Francisco apelou, este domingo (07.11), à paz e ao diálogo no país.

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Foto: Tiksa Negeri/REUTERS

Milhares de manifestantes encheram, este domingo (07.11), as ruas da capital Adis Abeba, e outras cidades, numa manifestação de apoio ao governo e às forças armadas etíopes. Isto depois de, no início da semana, o governo de Abiy Ahmed ter declarado estado de emergência no país, em resposta aos avanços rumo à capital reivindicados pelas forças tigré.

Os manifestantes também se pronunciaram contra as sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos em resposta ao que Washington definiu como graves "violações" dos direitos humanos na Etiópia. O país governado pelo Presidente Joe Biden anunciou, recentemente, a sua decisão de cortar o acesso da Etiópia ao programa preferencial de comércio AGOA (Programa para o Desenvolvimento e Oportunidades Africanas).

De acordo com os meios de comunicação locais, vários manifestantes presentes na Praça Meskel, no centro da capital Adis Abeba, ergueram bandeiras nacionais e cartazes com mensagens como: "Não precisamos da interferência do estrangeiro".

Outros manifestantes rejeitaram todos os apelos para que se iniciassem conversações entre as partes.

Os Estados Unidos, assim comoo Conselho de Segurança da ONU, a União Africana, o Quénia e o Uganda apelaram nos últimos dias para um cessar-fogo no país.

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Protestos repetiram-se em outras cidades etíopesFoto: Tiksa Negeri/REUTERS

No entanto, o governo de Abiy Ahmed comprometeu-se a continuar a lutar. Na sexta-feira (06.11), o executivo afirmou que tem a responsabilidade de assegurar o país e apelou ao povo para que pegue nas armas. No dia seguinte, foi Abiy Ahmed que, na sua conta da rede social Twitter, escreveu que "há sacrifícios a serem feitos, mas esses sacrifícios vão salvar a Etiópia".

Também na sexta-feira, a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) coligou-se com grupos da oposição para formar uma aliança com vista a destituir o primeiro-ministro etíope.

Os rebeldes de Tigray anunciaram, no início desta semana, que tinham tomado o controlo das cidades de Dessie e Kombolcha na região de Amhara, a apenas 400 quilómetros da capital da Etiópia, Adis Abeba, ao que Governo etíope respondeu com a declaração de estado de emergência em todo o país, numa fase inicial por seis meses.

Papa Francisco apela à paz e ao diálogo

Também este domingo (07.11), durante um breve discurso após a oração do Angelus, o Papa Francisco apelou à paz e ao diálogo na Etiópia.

"Acompanho com preocupação as notícias vindas do Corno de África, em particular da Etiópia, com um conflito que começou há mais de um ano e causou muitas vítimas e uma grave crise humanitária", disse o papa.

"Peço que prevaleçam a harmonia fraterna e um diálogo pacífico", acrescentou.

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