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Militares patrulham estradas de acesso e saída de Bissau

Lusa
11 de fevereiro de 2022

As estradas de acesso a Bissau e de saída da capital guineense, bem como de entrada nas cidades e povoações do interior da Guiné-Bissau encontram-se sob vigilância militar. Todos os veículos são inspecionados.

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 Guinea Bissau | Schüsse und Unruhen in Bissau
Foto: Stringer/REUTERS

Desde a saída de Bissau, a partir da zona do aeroporto Osvaldo Vieira, passando por Safim, Bula, São Vicente e Ingoré, localidade próxima à fronteira com o Senegal, militares guineenses armados montaram postos de controlo onde exigem que todos os ocupantes de veículos desçam e apresentem documentos de identificação. De forma demorada, os veículos são inspecionados, sobretudo as bagageiras.

Um agente do Comando Norte da Guarda Nacional no posto de controlo de São Vicente disse à Lusa que a mesma operação ocorre em todas as vias de acesso do país, após homens armados terem atacado o Palácio do Governo, onde se encontrava o Presidente da República e membros do Governo, em 1 de fevereiro.

A mesma fonte precisou que têm ordens para revistar os veículos, analisar os documentos à "procura de pessoas envolvidas na tentativa de golpe de Estado".

"Suspeitos de narcotráfico" por trás da tentativa de golpe

Militares suspeitos em fuga?

As forças armadas suspeitam que alguns dos militares e polícias envolvidos nos ataques ao Palácio do Governo guineense poderão estar a tentar fugir em direção às florestas de Casamansa, no Senegal, precisou a mesma fonte.

Os militares recomendam que os motoristas circulem com "velocidade moderada" e parem sempre que encontrarem postos de controlo que são sinalizados com uma corda a atravessar a estrada nas duas bermas.

No dia 1 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga". Segundo o porta-voz do Governo, o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamansa, bem como várias personalidades, que não especificou.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.