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Estados Unidos prometem reforçar laços com África

Melanie Cura Daball | tm
17 de novembro de 2017

Os Estados Unidos pretendem continuar a apoiar o continente africano na promoção da paz e segurança. Arranca hoje, em Washington, nova ronda de reuniões entre dirigentes africanos e membros da administração Trump.

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Trump USA Flagge Weißes Haus Migration
Foto: picture-alliance/AP Photo/C.Kaster

Esta sexta-feira (17.11), ministros de 37 países do continente africano devem reunir-se com representantes da administração Trump. O encontro deverá redefinir o grau das relações entre os Estados Unidos e África nos próximos anos.

Smail Chergui Afrikanische Union
Smail Chergui, comissário para a Paz e Segurança da União AfricanaFoto: DW/Simona Foltýn

Smail Chergui, comissário para a Paz e Segurança da União Africana, esteve esta quinta-feira (16.11) num primeiro encontro com o secretário de Estado norte-americano adjunto para os Assuntos Africanos, Donald Yamamoto, para dar início a mais um debate sobre a cooperação entre estes dois lados do atlântico.

"Discutimos a paz e a segurança, o comércio e questões do desenvolvimento da agricultura e, em geral, penso que tivemos uma compreensão total sobre os desafios e a maneira como os vamos tratar. Penso que os Estados Unidos estão totalmente decididos a estar connosco nessas questões”, disse Smail Chergui em entrevista à DW África.

Estreitar laços

Também o secretário norte-americano garantiu que o Governo Trump está pronto para estreitar os laços com África. "O nosso relacionamento com a União Africana expandiu-se. A cada administração estamos a assumir mais desafios. E vamos continuar. Isso vai sobressair no trabalho que estamos a fazer no Mali e nos países do G-5, também na Somália, Sudão, nas eleições na República Democrática do Congo, eleições no Quénia, na Libéria e no Zimbabué”.

Atualidade: EUA - África - MP3-Mono

Donald Yamamoto adiantou que devem ser mantidos programas para África implementados por administrações passadas, como o projeto ‘Power Africa', que pretende levar energia elétrica a cerca de 60 milhões de pessoas, uma iniciativa do ex-Presidente Barack Obama, e o Plano de Emergência para o Combate ao HIV/Sida (PEPFAR), do Governo de George W. Bush. O secretário garantiu ainda que a Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA) não deve ser alterada até 2025.

Segundo Donald Yamamoto, as estratégias da administração Trump para os países em África devem centrar-se, principalmente, nas políticas sociais para a juventude, já que cerca de 70% da população tem menos de 30 anos. "Estamos a preparar as nossas políticas para trabalhar não só com a União Africana, mas também com os nossos países parceiros, para abordar questões de desemprego, educação, cuidados de saúde e oportunidades para a juventude", explicou.

Situação no Zimbabué

Simbabwe Harare Militär Panzer
Intervenção militar em Harare, no ZimbabuéFoto: Getty Images/AFP

A intervenção militar no Zimbabué e a detenção do Presidente Robert Mugabe, assim como o seu afastamento temporário do poder, foi outro dos temas abordados na reunião. "Por enquanto, esperamos que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral consiga desarmar as tensões e promover uma solução pacífica para o que está a acontecer lá”, asseverou Smail Chergui, que espera uma solução pacífica no país

Já do lado norte-americano, Donald Yamamoto acredita que a única forma de o Zimbabué evitar sanções é optar por reformas constitucionais. "Permanecemos comprometidos com o que sempre dissemos ao Governo do Zimbabué, que é o compromisso de fazer reformas políticas, económicas e constitucionais. É o que permitirá que o Zimbabué saia da lista de sanções”, adiantou.