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Em Moçambique prazo de matrículas é alargado, mas não há vagas

Silvestre, Eleutério9 de janeiro de 2013

Em Moçambique as autoridades de educação alargaram o período de matrículas escolares. Inicialmente estavam previstos apenas dez dias para as inscrições, o que provocava enchentes nas escolas. Mas agora já não há vagas.

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Embora o prazo tenha sido alargado para dois meses, algumas escolas primárias, que estão em processo de matrículas para o ano letivo de 2013, desde um de outubro, em Maputo, já esgotaram o número de vagas.

Dados avançados pela Direção da Educação e Cultura da Cidade de Maputo, indicam que até ao momento foram matriculados mais de 14 mil alunos, num universo de mais de 24 mil previstos

As vagas esgotaram e este facto está preocupar os encarregados de educação que não conseguiram matricular os seus filhos.

Alguns dos pais que não conseguiram matricular as crianças justificaram o facto afirmando desconhecer que no mês de outubro teve início o processo.

Esta estratégia é nova e pretende evitar enchentes nas escolas e dar mais tempo aos encarregados de educação para matricular as crianças.

Para o efeito, e de acordo com Eurico Banze, porta-voz do Ministério da Educação, no total foram dispobinilizadas um milhão e seiscentas mil vagas para as diferentes classes de ingresso em todo o país.

De acordo com Eurico Banze este universo é referente às diferentes classes de ingresso, e esclarece: "Ou seja, aquelas em que os alunos se matriculam pela primeira vez que é a primeira, a sexta e a décima primeira classes."

Governo sensibiliza

O Ministério da Educação mobilizou gestores de escolas para intensificar campanhas de sensibilização, para maior adesão de alunos neste processo, segundo Belarmino de Sousa, do Departamento do Ensino Geral: "As pessoas ainda não estão habituadas a este período de matrícula, mas há sempre campanhas ao nível de diretores de escolas, nas comunidades para que os pais e encarregados de educação que têm os filhos que fazem seis anos, os levem à escola."

Belarmino de Sousa conta também que já fizeram dois encontros com os diretores de escolas, e com os presidentes dós conselhos escolares para junto das comunidades sensibilizarem as pessoas.

A região norte de Moçambique tem sido apontada como sendo aquela que apresenta números significativos de crianças que não vão à escola.

Daí as campanhas de sensibilização incidirem mais sobre aquela região. O exemplo é da província de Nampula, onde gestor de uma escola, Carlos Cesarino diz que conseguiram inscrever 17 mil novos ingressos na primeira classe.

A meta da província é chegar aos 20 mil, penso que estamos perto de cumpri-la. E como tivemos um documento que anuncia a prorrogação do processo até o dia onze, penso que até essa altura teremos atingido as metas."

Alguns mal entendidos

As aulas iniciam-se no próximo dia 14 de janeiro em todo o país e o livro de distribuição gratuita, das editoras autorizadas, já está disponível em todo o país segundo ainda Eurico Banze: "Praticamente todas as editoras têm um e outro livro aprovado. É preciso clarificar este aspeto porque fica-se com a impressão de que apenas foram aprovados livros de uma determinada editora. Não é isso. Uma escola pode usar livros de várias editoras desde que sejam aprovados pelo Ministério da Educação."

Em relação às carteiras, o Ministério da Educação possui um fundo do Orçamento do Estado que a cada ano é usado para a compra deste mobiliário.

De acordo com o Ministério da Educação comparativamente ao ano passado houve um aumento de inscrições de mais de 230 mil alunos.

Autor: Romeu da Silva (Maputo)
Edição: Nádia Issufo / António Rocha