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PolíticaSão Tomé e Príncipe

Eleições em STP marcadas por boicote de eleitores

19 de julho de 2021

Quatro assembleias de voto tiveram a votação anulada porque os eleitores boicotaram o escrutínio, reclamando melhores estradas, água e energia. Mesmo assim, observadores dizem que escrutínio correu de forma ordeira.

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Wahlen - São Tomé e Príncipe
Foto ilustrativaFoto: DW/R. Graça

Esta segunda-feira (19.07) serão conhecidos os resultados provisórios das sétimas eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, que tiveram lugar este domingo (18.07), para as quais estavam inscritos mais de 123 e 300 eleitores.

A missão de observação eleitoral da Comunidade Económica dos Estados de África Central (CEAC), chefiada pelo antigo primeiro-ministro do Chade, Nagoum Yamassoum, considera que a adesão dos eleitores foi expressiva.

"O primeiro sentimento é bastante satisfatório, houve uma boa adesão dos eleitores no processo eleitoral decorreu dentro da normalidade".

Quatro assembleias de voto, duas em Mé-Zochi, uma em Canta galo e outra em Lemba, tiveram a votação anulada porque os habitantes locais decidiram boicotar o escrutínio, reclamando melhores estradas, água e energia.

Mas, Nagoum Yamassoum, em representação da CEAC, observa que nas restantes 258 assembleias de votos, abertas no país e na diáspora não houve sobressaltos.

"O que podemos constatar, é que maioria das candidaturas não teve representantes nas assembleias de voto, é algo que constatamos".

Pósser da Costa, Carlos Vila Nova, Delfim Neves e Maria das Neves, são, dentre os 19 candidatos, os potenciais substitutos de Evaristo Carvalho que deixa a Presidência da República a 3 de setembro próximo.

Campanha eleitoral em São Tomé e Príncipe
A CEN deve anunciar os resultados eleitorais esta segunda-feira (19.07)Foto: Ramusel Graça/DW

Presidente interventivo

Ouvido pela DW África, a jurista, Celisa Deus Lima entende que o novo Presidente da República é obrigado a ter uma Presidência ativa.

"O estado atual do país exige um Presidente bastante interventivo. E espera-se um mandato diferente do atual Presidente [Evaristo Carvalho], mas evidentemente com uma intervenção bastante forte”, diz. 

Lima entende ainda que a coabitação do futuro Presidente e o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus terá que ser pacífica.

A jurista afirma que "o povo não espera com estas eleições que o país entre numa onda de instabilidade política e governativa”.

Pela primeira vez, os são-tomenses residentes na diáspora foram chamados a votar nas eleições. Ao todo estavam inscritos cerca de 14.693 eleitores em 10 países.

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