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Dia mundial da luta contra a malária ou o paludismo

25 de abril de 2011

Celebrou-se nesta 2ª feira em todo o mundo o Dia mundial da luta contra o paludismo ou a malária, doença que continua a fazer muitas vítimas, sobretudo em África. Mas a OMS deposita confiança num novo medicamento

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Os mosquiteiros são uma proteção barata e eficaz contra a propagação da malária ou paludismoFoto: Ralph Ahrens

Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a maioria dos países africanos levará entre 6 meses e um ano para a aplicação do novo medicamento contra o paludismo, que se chama Artesunato e deverá substituir o quinino, sobretudo no tratamento de crianças. Desde 2006 que a OMS recomenda o emprego deste novo medicamento, mais eficaz, mais fácil de administrar que o quinino e sem efeitos secundários.

Segundo cálculos recentes, 220 milhões de pessoas adoecem anualmente em todo o mundo com malária, 5% delas gravemente. Nestes casos a doença é mortal se não for tratada imediatamente. As crianças são as mais vulneráveis.

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A malária é transmitida pela picada de insetos minúsculos.Foto: picture alliance/dpa

"Homeopatas sem fronteiras"

“Médicos sem fronteiras” é uma organização humanitária muito conhecida, que envia médicos e enfermeiros para o 3º mundo. Menos conhecida é uma outra: “Homeopatas sem fronteiras”. Embora o objectivo seja o mesmo – ajudar os doentes pobres - os homeopatas não empregam a medicina tradicional.

Na Serra Leoa por exemplo, um grupo de homeopatas alemães distribui aos doentes atacados de malária, pequenas bolinhas chamadas Globuli, que eles tomam, até agora com bons resultados. Na aldeia de Worréh Makankry vamos encontrar duas alemãs que atendem centenas de pacientes. Uma delas é Renate Blum, que diz:

“A anamnese, ou seja o diagnóstico, é aqui muito facilitado porque as pessoas descrevem exatamente os seus sintomas. E nós ficámos completamente surpreendidas com os bons resultados obtidos aqui com a homeopatia. É que as pessoas ainda são muito puras, vivem em contato com a natureza e o seu organismo ainda é muito sensível”.

Nas florestas da Serra Leoa, sem água potável e sem eletricidade, grassam muitas doenças como a malária. O chefe da aldeia Usman Dao também a contraiu. O curandeiro não sabia o que fazer e Dao não tinha dinheiro para comprar medicamentos caros. Apareceram então os homeopatas alemães que lhe deram um saco de papel com os tais Globuli, garantindo-lhe que eles faziam bem. E pelos vistos, ajudaram:

“Quando eu tomei aquelas bolinhas contra a malária, senti-me logo melhor. A febre desceu e pude recomeçar a trabalhar no campo. Malária – nunca mais!”

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A homeopatia, uma alternativa à medicina tradicional, foi fundada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que era também farmacêutico e químico.Foto: picture-alliance/ZB/H. Wiedl

Na Serra Leoa a homeopatia deu bons resultados

Outra alemã, Kristina Lotz, conta que a sua fé na homeopatia aumentou depois de ver os bons resultados na Serra Leoa. Até o Ministério da Saúde se deixou convencer. E atualmente os alemães ensinam a enfermeiros e enfermeiras locais os princípios básicos da homeopatia – um tratamento sem efeitos secundários negativos.

“É uma loucura, diz ela. Quando se vê aquilo que se consegue alcançar com a homeopatia, já não se quer ouvir falar noutro tratamento. A princípio eu também não o conhecia. Mas ele é o mais eficaz e o mais fácil de aplicar”.

Um dos países africanos que obteve bons resultados no combate à malária, sobretudo entre as crianças, foi Moçambique: nos últimos 4 anos, o número de mortes foi reduzido em 63%. Mas um terço das mortes entre as crianças com menos de 5 anos é ainda provocado por esta doença.

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Siama Marjan, de três anos, brinca em Nairobi por trás dum mosquiteiro que a protege de picadas de insetos. Apesar da prevenção e do tratamento da malária ou paludismo serem baratos, milhões de crianças continuam a morrer anualmente.Foto: picture-alliance/ dpa

Autor: Alexander Göbel / Carlos Martins

Revisão: António Rocha

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