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"Criança Número 95"

5 de fevereiro de 2010

A amizade entre a SWAPO, da Namíbia, e os países do Leste, levaram Lucia Engombe à RDA para estudar. Mas tudo mudou com a queda do muro de Berlim. No livro "Criança Número 95" a namibiana conta a sua infância.

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O regresso à terra natal não foi fácil para Lucia Engombe e representou um verdadeiro choque de culturasFoto: Ullstein Verlag

Esta edição do Contraste leva-nos à Namibia, um país no sudoeste africano, que foi ocupado pela África do Sul durante quase 70 anos: nos anos 80 do século passado os combatentes da SWAPO – a Organização dos Povos do Sudoeste Africano - e as suas famílias viviam em campos de refugiados na Zâmbia ou em Angola.

Buchcover Lucia Engombe Kind Nr. 95
A língua alemã ainda faz parte do dia-a-dia de Lucia Engombe da Namíbia

A SWAPO mantinha relações de amizade com alguns países do Bloco Leste. Por isso várias centenas de crianças namibianas foram enviadas para a Alemanha do Leste comunista, para receberem uma formação escolar e superior. Na opinião dos dirigentes da SWAPO o país precisava de elites, sobretudo depois da conquista da independência.

A queda do muro de Berlim

Mas as coisas não correram com se esperava. Em 1989, o muro desmoronou, a Alemanha do Leste deixou de existir, e as crianças namibianas que viviam e estudavam na RDA (República Democrática da Alemanha) tiveram que abandonar a Alemanha reunificada.

Lucia Engombe é uma dessas crianças que cresceu na Alemanha do Leste. Lucia escreveu um romance autobiográfico, intitulado "Kind Nr. 95" ou "Criança Número 95" em que tenta descrever e ao mesmo tempo conforntar esse passado: uma infância vivida entre a Namíbia e a extinta Alemanha Comunista.

Um Contraste da autoria de Barbara Gruber (adaptado por António Cascais).