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Plantas mediciais, como a artemísia, ainda precisam ter eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. É o novo alerta da Organização Mundial da Saúde. A planta é usada no chá que está a ser distribuído na Guiné-Bissau.
A OMS voltou a alertar esta segunda-feira (04.05) que é preciso testar os medicamentos tradicionais, saber da sua eficácia e possíveis efeitos colaterais, antes de utilizá-los no tratamento da Covid-19.
O novo alerta surge num momento em que governantes de países africanos investem na compra de plantas medicinais para a cura do novo coronavírus.
Num comunicado, a OMS disse que apoia o uso de medicamentos cientificamente comprovados, acrescentando que a medicina complementar e alternativa traz muitos benefícios aos pacientes, mas que ainda não existe medicamenteos que garantam a cura da Covid-19.
"Covid Organics"
A corrida para encontrar a cura da doença provocou um novo interesse em plantas como a artemísia. Em Madagáscar, o Presidente Andry Rajoelina está a promover um chá à base dessa planta, conhecido como "Covid Organics".
Embora a mistura de ervas não tenha sido cientificamente testada, o remédio tradicional já está a ser usado no combate à pandemia em território malgaxe e começou a ser exportado para outros Estados africanos, incluindo a Guiné-Bissau.
"Mesmo que as terapias sejam derivadas da prática tradicional e natural, estabelecer sua a eficácia e segurança através de rigorosos ensaios clínicos é fundamental", disse a OMS por meio de um comunicado emitido pelo seu escritório na região regional da África Subsaariana.
Testes científicos
Entretanto, a OMS disse que está a trabalhar com instituições de pesquisa para selecionar produtos de medicina tradicional que possam ter a sua eficácia clínica investigada e garantir a segurança para o tratamento da Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
A organização disse ainda que é preciso cautela contra a desinformação, especialmente nas redes sociais, sobre a eficácia de certos remédios contra a Covid-19. "Muitas plantas e substâncias estão a ser propostas sem a requisitos mínimos e evidências de qualidade, segurança e eficácia", considerou a OMS.