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Covid-19: África do Sul declara estado de desastre nacional

com agências | tms
16 de março de 2020

Estado de desastre nacional permite que Governo crie sistemas de resposta de emergência para mitigar o impacto do coronavírus na sociedade e na economia. Outros países africanos registam novos casos e anunciam medidas.

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Südafrika Präsident Cyril Ramaphosa in Pretoria
Cyril Ramaphosa fez pronunciamento à naçãoFoto: AFP/P. Magakoe

Governo sul-africano encerra a partir desta segunda-feira (16.03) 35 dos 52 postos de fronteira terrestres. Neste domingo, o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa fez um pronunciamento à nação na noite deste domingo (16.03) para comunicar que declarou estado de desastre nacional no país.

Ramaphosa informou que os primeiros casos de Covid-19 registados na África do Sul foram de pessoas que viajaram para o exterior, nomeadamente Itália. Segundo o chefe de Estado, a África do Sul já está a lidar com a transmissão a nível interno e espera o aumento do número de infeções. 

"Declaramos agora um estado de desastre nacional no âmbito da Lei de Gerenciamento de Desastres. Com isso, vamos ter um mecanismo de gerenciamento integrado e coordenado que se concentrará na prevenção e redução do surto desse vírus”, disse o Presidente.

Covid-19: África do Sul declara estado de desastre nacional

Ramaphosa afirmou que o estado de desastre nacional permite que o Governo crie sistemas de resposta de "emergência rápidos e eficazes” para mitigar o impacto do coronavírus na sociedade e na economia do país.

Além disso, o líder sul-africano anunciou a proibição do ingresso de viajantes oriundos de países considerados de alto risco a partir de 18 de março. Na lista estão Itália, Irão, Coreia do Sul, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e China.

A África do Sul também cancelou desde domingo o visto para visitantes desses países e orientou os cidadãos sul-africanos a evitar viagens para ou por essas áreas.

Quénia restringe ingresso de viajantes

Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, anunciou medidas para conter a proliferação do novo coronavírus no país, que já soma três pessoas diagnosticadas.

O Governo vai impedir o ingresso no Quénia de pessoas provenientes de qualquer país com casos relatados de coronavírus. Apenas cidadãos quenianos e estrangeiros com permissão de residência válida poderão entrar desde que permaneçam em quarentena voluntária ou numa instalação de quarentena designada pelo Governo.

Kenia Uhuru Kenyatta
Kenyatta: Cidadãos quenianos e com permissão de residência poderão entrarFoto: imago/i Images

O novo coronavírus espalha-se pelo continente com novos casos registados na República Democrática do Congo, nas Seicheles, na República Centro-Africana e na Guiné Equatorial - aumentando para 26 os países africanos afetados pela pandemia.

A República Democrática do Congo, com 4,5 milhões habitantes, registou o primeiro caso de Covid-19 na noite de sábado. Trata-se de um cidadão franco-congolês, de 50 anos, que regressara de Paris em 1 de março num voo da Ethiopian Airlines. 

A República Centro-Africana também confirmou o primeiro caso de coronavírus no sábado, após um italiano de 74 anos residente no país ter resultado positivo no teste depois de uma viagem a Milão. Já nas Seicheles, o Ministério da Saúde confirmou, por sua vez, dois casos positivos. Tratam-se de cidadãos que retornaram de Itália na semana passada.

Já na Guiné Equatorial, o caso positivo confirmado no sábado é o de uma mulher de 42 anos que passou sete dias em Espanha, segundo o Ministério da Saúde.

Desde sexta-feira da semana passada, ao menos 10 países africanos registaram os primeiros casos de Covid-19 - incluindo Namíbia, Ruanda, Gana e Gabão. A Organização Mundial da Saúde registou quase 11 mil novos casos no domingo, elevando o total para mais de 150 mil infetados no mundo.