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PolíticaAlemanha

Chanceler alemão promete armas à Ucrânia

DW (Deutsche Welle) | ms
14 de junho de 2022

O chanceler Olaf Scholz diz que a Alemanha fornecerá à Ucrânia sistemas antiaéreos e radares de deteção de artilharia. Será que é desta que o governante irá a Kiev? Especulação sobre visita conjunta aumenta expectativas.

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Foto: Bernd Elmenthaler/IMAGO

"É evidente que a Ucrânia necessita de armas adicionais para se defender", disse Olaf Scholz, antes de um encontro com o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, reiterando o compromisso de Berlim de fornecer armamento moderno.

O chanceler lembrou ainda que a Alemanha tem fornecido armas à Ucrânia desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.

"Nesta fase crítica estamos a expandir consideravelmente o nosso apoio: forneceremos à Ucrânia um sistema antiaéreo de última geração e um radar de deteção de artilharia, entre outras coisas", revelou.

Scholz disse que as armas serão fornecidas em coordenação com os parceiros europeus e da NATO. E acrescentou que é importante que a Alemanha e os seus  aliados defendam "cada centímetro quadrado do território da NATO".

Mario Draghi, Emmanuel Macron e Olaf Scholz: Brevemente na capital ucraniana?
Mario Draghi, Emmanuel Macron e Olaf Scholz: Brevemente na capital ucraniana?Foto: Francois Mori/Michael Kappeler/AP Photo/dpa/picture alliance

Visita conjunta a Kiev?

Irá o chanceler alemão juntar-se ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e ao primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, em Kiev? A especulação sobre uma visita conjunta à capital ucraniana tem aumentado as expectativas.

"O povo da Ucrânia espera que durante a sua visita a Kiev o chanceler Olaf Scholz anuncie que traz consigo um novo pacote de armamento alemão", que deve incluir tanques Leopard-1 e mais veículos blindados de combate de infantaria, disse à agência noticiosa dpa Andriy Melnyk, o embaixador ucraniano na Alemanha, conhecido pela sua perspicácia.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, também já citado no jornal alemão Bild: "O que precisamos dos três líderes dos países mais importantes são sanções mais duras e armas o mais rapidamente possível".

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à ZDF
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à ZDFFoto: ZDF

Críticas de Zelensky

Anteriormente,  numa entrevista à emissora ZDF, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou Scholz e outros responsáveis alemães e instou Berlim a não dar prioridade às suas relações com a Rússia em detrimento da defesa da Ucrânia.

"Precisamos ter a certeza de que a Alemanha apoia a Ucrânia", disse. "O chanceler e o seu governo têm de decidir: não pode haver um compromisso entre a Ucrânia e as relações com a Rússia".

Yuri Sak, conselheiro do ministro da defesa da Ucrânia, disse à DW que "Donbas não está perdida" e que "a luta continua".

"Os combates são muito intensos, é uma luta muito dinâmica. E, claro, estamos em desvantagem em número", reconheceu.

Sak disse ainda que as forças russas têm "superioridade" em termos de artilharia pesada". "Estão literalmente a bombardear as cidades e aldeias da região de Luhansk, bem como da região de Donetsk, com o objectivo de as destruir", acrescentou.

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