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Scholz diz que Putin "está a destruir o futuro da Rússia"

DW (Deutsche Welle) | Lusa
23 de março de 2022

A guerra na Ucrânia também está a "destruir o futuro da Rússia", sublinhou o chanceler alemão no Parlamento. Olaf Scholz disse ainda que a NATO não participará na guerra e que os refugiados "são bem-vindos" na Alemanha.

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Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

A campanha militar russa na Ucrânia "está num atoleiro", apesar de toda a destruição que está a provocar diariamente, considerou esta quarta-feira (23.03) o chanceler alemão na Câmara Baixa do Parlamento alemão (Bundestag). 

"A guerra está a destruir a Ucrânia", disse Olaf Scholz, e o Presidente russo, Vladimir Putin "está também a destruir o futuro da Rússia".

"As imagens que nos chegam todos os dias da Ucrânia são dificilmente suportáveis: casas destruídas, hospitais bombardeadas, cidades assediadas, soldados mortos e, cada vez mais, civis mortos e feridos. Mulheres e crianças fogem à frente dos tanques e dos mísseis de Putin, com os poucos bens que conseguem levar", acrescentou.

"Os refugiados são bem-vindos" na Alemanha", afirmou Scholz. Até ao momento, 232 mil refugiados civis ucranianos foram acolhidos em território alemão.

Guerra já provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas
Guerra já provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoasFoto: Vincenzo Circosta/ZUMA/dpa/picture alliance

NATO não participa diretamente no conflito

Scholz reafirmou ainda que a NATO não vai participar diretamente no conflito. "Por mais difícil que seja, não vamos ceder às exigências de uma zona de exclusão aérea. A NATO não vai fazer parte da guerra", disse Scholz.

O chanceler alemão afirmou ainda que, a curto prazo, a Alemanha não deve restringir a dependência energética de Moscovo. "Atuar da 'noite para o dia' equivaleria a mergulhar o nosso país e toda a Europa numa recessão", alertou, referindo-se ao setor da energia.

"Centenas de milhares de empregos ficariam em risco. Setores industriais ficariam em dificuldades", disse ainda Olaf Scholz, acrescentando que "as sanções não devem atingir os estados europeus com mais força do que atingem os dirigentes russos".

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