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CEDEAO impõe novas sanções ao Mali

DW (Deutsche Welle) | com agências
9 de janeiro de 2022

Líderes da África Ocidental concordaram este domingo, (09.01), em impor duras sanções ao Mali na sequência da recusa por parte do governo interino de realizar novas eleições em breve.

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Ghana Accra | Economic Community of West African States | ECOWAS
Líderes da CEDEAO reunidos em Acra, no GanaFoto: IVORY COAST PRESIDENTIAL PRESS SERVICE/REUTERS

Os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) concordaram com medidas comparáveis ​​às tomadas após o golpe de agosto de 2020, que incluiu o encerramento das fronteiras terrestres e aéreas.

Também serão suspensas as transações comerciais não essenciais além do congelamento de ativos estatais nos bancos centrais e comerciais da CEDEAO. Todos os embaixadores do grupo de Estados serão retirados da capital do Mali, Bamako.

A reunião extraordinária do bloco da CEDEAO na capital do Gana, Acra, ocorre após meses de crescente tensão sobre o cronograma para restaurar o regime civil no Mali.

Ghana Accra | Economic Community of West African States | ECOWAS
CEDEAO não concordou com proposta do ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdoulaye DiopFoto: IVORY COAST PRESIDENTIAL PRESS SERVICE/REUTERS

O encontro serviu para discutir uma proposta do ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdoulaye Diop. Um cronograma onde as autoridades de transição pretendem realizar um refendo constitucional, as eleições legislativas em novembro de 2025 e as eleições presidenciais em dezembro de 2026, o mais tardar. 

Proposta "inaceitável"

Em comunicado, a CEDEAO salientou que considera o cronograma, proposto para uma transição, totalmente inaceitável.

Em agosto de 2020, oficiais do exército liderados pelo coronel Assimi Goita derrubaram o presidente eleito, Ibrahim Boubacar Keita, entre protestos de rua contra seu governo.

Sob ameaça de sanções, Goita posteriormente prometeu restaurar o governo civil em fevereiro de 2022, depois de realizar eleições presidenciais e legislativas.

No entanto, encenou um segundo golpe em maio de 2021, forçando um governo civil interino. A medida interrompeu o cronograma da reforma e foi recebida com ampla condenação diplomática.