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Guiné-Bissau: Governo encorajado com preço do caju

Lusa
17 de maio de 2024

O preço do quilo de castanha de caju pago ao produtor atingiu 0,76 cêntimos de euro. Governo guineense diz que o número indicia uma boa campanha.

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Até agora, Governo da Guiné-Bissau está satisfeito com campanha de caju
Foto: Gilberto Fontes

O preço de referência fixado pelo Governo foi 300 francos cfa (0,46 cêntimos) e a evolução observada entre a abertura da campanha, a 15 de março, até 15 de maio "é um bom sinal", segundo o diretor-geral do Comércio Interno, Abdulai Mané.

O diretor-geral falava numa conferência de imprensa para o balanço dos primeiros dois meses da campanha de comercialização da castanha de caju de 2024, que perspetiva "muito melhor que as de 2023 e 2022".

A previsão para exportação aponta para as 230 mil toneladas, apesar de, como disse, observarem zonas na Guiné-Bissau onde as alterações climáticas, com o aumento da temperatura, estão a ter impacto negativo na produção.

A tendência do valor pago ao produtor, com preços "de 400 a 500 francos cfa", assim como os 575 francos cfa (0,88 cêntimos) praticados na balança em Bissau, para onde é escoado o produto, é encarada como "um bom sinal".

Ambiente "favorável"

O processo de escoamento foi iniciado a 10 de abril e até 15 de maio tinham sido escoadas cerca de 26 mil toneladas de castanha de caju de diferentes zonas do país para os armazéns de Bissau.

Equipas de fiscalização compensadas
Especulação de preços continua a ser um problemaFoto: DW/B. Darame

O Governo registou até agora cinco pedidos e emitiu as respetivas licenças para exportação e espera que "até ao final de maio saia o primeiro carregamento de navio para o estrangeiro" do porto de Bissau. 

"A campanha está a correr a um ritmo normal e muito bom, o ambiente de negócio é favorável, a população está a acomodar-se com o preço", resumiu o diretor-geral.

Ilegalidades continuam

Desde o início do processo tem havido algumasviolações do preço, mas, segundo disse, "as equipas de fiscalização do Ministério [da Economia] em parceria com outras entidades do Estado puseram cobro a esta situação".

Em todas as regiões da Guiné-Bissau, já foram apreendidas nesta campanha "acima de 100 toneladas de castanha de caju, viaturas, motorizadas, motocarros, e animais".

Além da especulação dos preços, outra das violações detetadas é o contrabando para o Senegal, de acordo com as autoridades.

O diretor-geral assegurou que há equipas de fiscalização por todo o país e a patrulhar as fronteiras para "responder prontamente" às denúncias, mesmo nas zonas mais distantes.

Lembrou ainda que o Governo dá 20% do valor do produto aos denunciantes e 30% à equipa de fiscalização, revertendo os restantes 50% a favor do Estado.

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