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Moçambique: Governo neutraliza elementos de grupos armados

Lusa
1 de novembro de 2019

O Ministério da Defesa de Moçambique anunciou a neutralização de vários elementos que têm protagonizado ataques armados em Cabo Delgado, no norte do país. Isto resulta de operações no distrito de Mocímboa da Praia.

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Mosambik, Macomia: Mucojo village had houses destroyed by armed groups
Ataque na vila de de Mucojo, distrito de Macomia, em Cabo Delgado (2018)Foto: Privat

"Durante a operação, vários malfeitores foram neutralizados e outros colocaram-se em fuga", lê-se num comunicado do Ministério da Defesa de Moçambique distribuído esta sexta-feira (01.11) à imprensa.

De acordo com o documento, os "golpes de artilharia" contra grupos armados ocorreram na quinta-feira e hoje em Muidumbe e na zona de Marere, na foz do rio Messalo, distrito de Mocímboa da Praia, na província de cabo Delgado.

"As operações prosseguem e as Forças de Defesa e segurança continuam em perseguição aos insurgentes que se encontram fugitivos", acrescenta o documento, que não avança mais detalhes sobre as operações.

Mosambik Mocímboa da Praia
Foto: DW/G. Sousa

Ataques mais recentes

Uma fonte policial consultada esta sexta-feira pela agência de notícias Lusa indicou que um dos últimos ataques dos grupos armados ocorreu no domingo contra um carro que levava militares na região de Mbau, onde foram registadas pelo menos quatro vítimas mortais, todas das forças moçambicanas. 

A região de Cabo Delgado é afetada desde outubro de 2017 por ataques armados levados a cabo por grupos criados em mesquitas da região e que eclodiram em Mocímboa da Praia.

Como consequência já terão morrido, pelo menos, 250 pessoas, quase todas em aldeias isoladas e durante confrontos no mato, mas, nalgumas ocasiões, a violência atingiu transportes na principal estrada asfaltada da região, bem como a área dos megaprojetos de exploração de gás, onde há várias empresas subempreiteiras portuguesas.

Desde junho que o grupo 'jihadista' Estado Islâmico tem reivindicado alguns dos ataques, mas autoridades e analistas ouvidos pela Lusa têm considerado pouco credível que haja um envolvimento genuíno do grupo terrorista que vá além de algum contacto com elementos no terreno.

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