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PolíticaBurkina Faso

CEDEAO: Delegação prepara visita ministerial ao Burkina Faso

Lusa
30 de janeiro de 2022

Uma delegação de responsáveis militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chegou ao Burkina Faso, um dia depois de o país ser suspenso da organização, devido ao golpe militar.

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Burkina Faso | Neue Militärjunta
Foto: Xinhua/imago images

"A delegação chegou a Ouagadougou esta manhã, já realizou uma sessão de trabalho à porta fechada e não está prevista nenhuma declaração", noticiou este sábado, (29.01), a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), citando uma fonte de segurança.

De acordo com esta fonte, a delegação da CEDEAO é composta por representantes do Benim, do Togo e do Gana e é chefiada pelo Comissário para a Paz e Segurança da CEDEAO, o diplomata beninês Francis Behanzin.

A visita desta delegação serve para "avaliar a situação antes da chegada da outra missão, na próxima semana", acrescentou a fonte citada pela AFP, referindo-se à delegação ministerial da CEDEAO que deverá chegar à capital do Burkina Faso na segunda-feira.

Na altura da decisão da suspensão, na sexta-feira, a CEDEAO exigiu a libertação do presidente destituído, Roch Marc Christian Kaboré, que se encontra em prisão domiciliária, bem como de outros altos funcionários presos, disse à AFP um participante na reunião, sob condição de anonimato.

Burkina Faso | Paul-Henri Sandaogo Damiba
Novo homem forte do Burkina, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo DamibaFoto: Facebook/Präsidentschaft von Burkina Faso

Mais sanções à vista

A próxima cimeira estudará os relatórios destas missões e decidirá se devem ser impostas mais sanções, à semelhança do que aconteceu com o Mali e a Guiné-Conacri, países igualmente suspensos pela CEDEAO após os militares terem tomado o poder.

Na quinta-feira à noite, no seu primeiro discurso desde que assumiu o poder na segunda-feira, o novo homem forte do Burkina, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, afirmou na televisão nacional que o seu país "precisa dos parceiros mais do que nunca".

Damiba disse compreender as "dúvidas legítimas" suscitadas pelo golpe, e assegurou que o Burkina Faso "continuará a respeitar os seus compromissos internacionais, particularmente no que diz respeito ao respeito pelos direitos humanos".

O líder militar disse ainda que a independência do poder judicial será "assegurada".

Damiba comprometeu-se igualmente com o "regresso [do país] à vida constitucional normal", "quando as condições estiverem reunidas", mas não deu a conhecer qualquer agenda nesse sentido.

A insurreição militar começou no domingo em vários quartéis no país, incluindo na capital burquinabê, Ouagadougou, a seguir a uma manifestação que fez sair à rua milhares de protestantes contra a insegurança criada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do Burkina Faso responderem a um problema que se agrava desde 2015, precisamente o ano da chegada de Kaboré ao poder.

Burkina Faso: Celebrações pro-junta nas ruas de Ouagadougou

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