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Angola: Jovens vão às ruas "exigir alternância política"

Lusa
3 de fevereiro de 2021

Grupo promete marcha em várias províncias e até aos arredores do palácio presidencial, em Luanda. Com o lema "45 anos é muito, MPLA fora", manifestação é convocada pelo movimento Sociedade Civil Contestatária.

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Protesto contra o MPLA em Luanda (Arquivo: janeiro de 2021)Foto: Borralho Ndomba/DW

Esta quinta-feira, 4 de fevereiro, feriado nacional em Angola, em celebração do 60.º aniversário do Dia do Início da Luta de Libertação Nacional, será marcado pela manifestação que pretende exigir a alternância política no país, governado desde 1975 pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

"Entendemos que 45 anos de governação é muito tempo e, ao longo desse tempo, o MPLA quase nada fez, antes pelo contrário, piorou, com várias assimetrias sociais, brindou o povo com assassínios em série, com desemprego, com uma saúde e educação deficitárias, com a corrupção e outros males", afirmou esta quarta-feira (03.02) o ativista e um dos organizadores da marcha, Geraldo Dala.

Segundo este ativista, o MPLA "já não tem nada para dar para o país", considerando ser este "um projeto político falhado em Angola cujo propósito dos seus dirigentes é apenas a manutenção no poder".

Angola Proteste gegen MPLA in Ndalatando
Manifestantes em Ndalatando, na província do Kwanza Norte (Arquivo: janeiro de 2021)Foto: António Domingos/DW

"Despertar os angolanos"

Geraldo Dala disse ser esta a segunda manifestação que o movimento organiza visando "despertar os angolanos" e, por outro lado, "mostrar que o povo quer alternância política", referindo que a mesma deve decorrer igualmente noutras províncias angolanas.

Em Luanda, os ativistas devem concentrar-se às 10h de quinta-feira, no largo do cemitério da Santa Ana, e marchar até perto do palácio presidencial, na Cidade Alta.

De acordo com ativista, o Governo da província de Luanda já foi informado sobre esta marcha e a organização já manifestou um encontro, há duas semanas, com as autoridades policiais. "E pelo menos até ao momento não há nenhum impedimento", realçou, defendendo que é preciso salvar o país das mãos de pessoas cujo único objetivo é a manutenção no poder e sem interesse no bem-estar da população", disse.

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"Ativistas querem o melhor para o país"

À margem da conferência de imprensa, a ativista Lili da Conceição garantiu, em declarações à agência de notícias Lusa, estar pronta para a manifestação, afirmando que "Angola é um país democrático e os cidadãos/ativistas apenas querem o melhor para o país".

"Somos jovens formados e desempregados, o aumento do nível de preços também é preocupante, o país está a ir de mal para o pior e ninguém faz nada", disse.

Na província do Bengo, o ato central do feriado nacional em Angola vai decorrer sob o lema: "Preservar e Honrar a Memória dos Heróis da Pátria Angolana".

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