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JES nega que deixou presidência de Angola com cofres vazios

Lusa | ar
21 de novembro de 2018

Ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, afirmou em Luanda que deixou pelo menos 15 mil milhões de dólares ao executivo que lhe sucedeu, contrariamente às declarações do seu sucessor.

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José Eduardo Dos Santos
Foto: picture alliance/dpa/A.Ernesto

Pouco tempo depois do avião do Presidente angolano, João Lourenço, ter partido para Portugal, onde realiza uma visita de Estado de três dias (22 a 24.11.), o ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, convocou a imprensa para afirmar que:

"Não deixei os cofres do Estado vazios. Em setembro de 2017, na passagem de testemunho, deixei 15 mil milhões de dólares no Banco Nacional de angola como reservas internacionais líquidas a cargo do um gestor que era o governador do BNA sob orientação do Governo".

Numa declaração aos jornalistas sem direito a perguntas, na sede da Fundação Eduardo dos Santos, em Luanda, José Eduardo dos Santos afirmou a necessidade de "prestar alguns esclarecimentos" sobre a forma como conduziu a coisa pública durante os 38 anos de Governo.

Recorde-se que numa entrevista, no sábado (17.11.), ao jornal português Expresso, o Presidente angolano, João Lourenço disse que quando assumiu o poder encontrou os cofres vazios ou a serem esvaziados. 

Segundo Eduardo dos Santos, o Orçamento Geral do Estado é aprovado pela Assembleia Nacional e todas as receitas e despesas do Estado devem estar obrigatoriamente inscritas.

"O OGE de 2017 tinha um défice de 6% e a cobertura desse défice era suportada com a venda de títulos do tesouro aos bancos comerciais, dívida que tinha de se pagar mais tarde com juros e o dinheiro depositado no tesouro", justificou Eduardo dos Santos.

(em atualização)

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