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Angola: Aumentam denúncias de especulação de preços

5 de dezembro de 2022

Inspeção económica defende que é preciso fazer mais para incentivar os consumidores a fazer queixa.

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Mercado de Luanda
Foto: DW/M. Luamba

Com o aproximar da quadra festiva, já é visível a correria da população para a aquisição de produtos, sobretudo da cesta básica, numa altura em que se aumentam as denúncias de especulação de preços por parte dos agentes económicos.

"Infelizmente, eles vão subindo a cada dia que passa, acho que até ao Natal vai ser um show", comenta um cidadão em declarações à DW África em Caxito.

Os analistas alertam para a necessidade de reforçar a fiscalização, e as autoridades prometem tomar medidas duras contra todos infratores.

O responsável da Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) na província do Bengo, Rafael Tomás, disse reconhecer que a sua instituição tem de tomar medidas.

"Nós precisamos de fazer entender que ANIESA está no Bengo para organizar e sensibilizar e melhorar as condições da população", afirmou.

Mercado de Luanda
É necessário que se faça um trabalho profundo de sensibilização, defende o economista Teixeira de Andrade.Foto: DW/M. Luamba

Aumentam as queixas

Segundo o responsável, nos próximos dias, as equipas de inspeção económica vão circular pelos estabelecimentos para verificar os preços e reforçar a cultura da denúncia de casos de especulação de preços. 

Todos os dias aumentam as queixas por parte dos consumidores. Rafael Tomás garante que a sua instituição vai aplicar "multas altas" aos operadores económicos que continuam a aumentar os preços dos produtos da cesta básica.

O economista Teixeira de Andrade defende que, devido à alta taxa de comércio informal, a cultura da denúncia deve ser dominante por parte dos consumidores. O especialista é de opinião que a especulação de preços não se combate dentro dos gabinetes.

"É necessário que se faça um trabalho profundo de sensibilização, não apenas por meio de decretos de regulação de preços. Da mesma forma que se sensibiliza para a necessidade do uso da máscara, é preciso criar equipas para entrar nos mercados. Depois, aí sim, podemos acionar os mecanismos legais", disse Teixeira de Andrade.

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