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ConflitosRepública Centro-Africana

Rebeldes tentam tomar capital da República Centro-Africana

Reuters | AFP
13 de janeiro de 2021

Forças de segurança da República Centro-Africana inibiram ofensiva rebelde na manhã desta quarta-feira. Aliança de seis grupos armados, que já controla dois terços do país, tinha como objetivo tomar a capital Bangui.

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Zentralafrikanische Republik Bangui | vor Wahl | UN-Mission
Tropas da MINUSCA patrulham Bangui nos finais de dezembroFoto: Nacer Talel/Anadolu Agency/picture alliance

Forças de segurança da República Centro-Africana (RCA) repeliram um ataque de grupos armados que tinham como objetivo tomar a capital Bangui na manhã desta quarta-feira (13.01). A informação foi avançada pelo primeiro-ministro Firmin Ngrebada.

O ataque marca uma acentuada escalada na ação de grupos rebeldes, que ficou mais intensa no período da campanha eleitoral para o pleito de 27 de dezembro. Neste contexto, grupos armados já atacaram cidades na região de Bangui em dezembro, mas não conseguiram chegar à capital.

Uma testemunha disse à agência Reuters em Bangui que foram ouvidas explosões e helicópteros a patrulharem a região da capital. "Os atacantes, que vieram em grande número para tomar Bangui, foram vigorosamente empurrados para trás", disse Ngrebada numa publicação no Facebook, exortando os cidadãos a manterem a calma.

Foi a primeira ofensiva da aliança de seis grupos rebeldes à capital desde o Presidente  Faustin Archange Touadéra ter sido reeleito em dezembro. Os grupos armados acusados de perturbar as eleições presidenciais no mês passado prometeram marchar sobre Bangui.

Os seis grupos rebeldes mais poderosos da região controlam dois terços do país e lançaram uma ofensiva para impedir a reeleição de Touadera.

Zentralafrikanische Republik Bangui | Wahlen | Präsident Faustin Archange Touadéra
Presidente Faustin Archange Touadéra não agrada aos rebeldesFoto: Minusca

Conflito sectário

Segundo a agência AFP, teriam ocorrido dois ataques, com as forças de segurança empurrando os rebeldes para a periferia da capital. A agência cita o ministro do Interior Henri Wanzet Linguissara à agência AFP. Oficiais da força de manutenção da paz da ONU (MINUSCA) confirmaram apenas um ataque.

O país rico em ouro e diamantes, com 4,7 milhões de habitantes, tem sido atingido pela violência desde que o ex-Presidente François Bozize foi deposto por uma rebelião em 2013. Milhares de pessoas foram mortas e mais de um milhão forçado a abandonar as suas casas.

Os procuradores da RCA lançaram uma investigação sobre o ex-presidente François Bozize, que o governo acusa de conspirar um golpe de Estado com a ajuda de grupos armados. Bozize, que nega as alegações, chegou ao poder em 2003 e foi derrubado em 2013. Após a queda de Bozize, o que o país mergulhou num conflito sectário.

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