1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

A madeira amigo do Gorila - silvicultura sustentável no Congo Brazzaville

6 de outubro de 2011

No Congo Brazzaville podem-se observar alguns exemplos de como algumas empresas madeireiras tentam conciliar os seus interesses económicos com os interesses ecológicos. O objetivo é praticar uma silvicultura sustentável.

https://p.dw.com/p/RoXr
Três dos cerca de 600 funcionários da IFO (Industrie Forestière d’Ouesso)Foto: DW / Debrabandère

A selva tropical de Ouesso cobre o norte do Congo Brazzaville. É aqui que atua a empresa suiço-alemã IFO, a "Industrie Forestière d’Ouesso", uma afiliada do grupo Danzer, uma das maiores multinacionais do setor das madeiras a nível mundial.

A IFO faz parte das empresas madeireiras que decidiram tomar medidas concretas para que a sustentabilidade da atividade seja assegurada. O objetivo é evitar que se corte demasiada madeira, ou seja que se abatam árvores, sem assegurar que o espaço circundante se possa regenerar.

Se essas regras fossem respeitadas, isso poderia ajudar a proteger espécies em perigo, como os gorilas do Congo. Na área florestal sob concessão da empresa IFO, a "Industrie Forestière d’Ouesso", vivem cerca de 36.000 gorilas, o que corresponde a cerca de um terço de todos os gorilas existentes na África Central. As zonas de maior densidade de populações de gorilas - diga-se - encontram-se no meio da área de concessão da IFO. Daí a grande responsabilidade - que segundo as organizações ecologistas - cabe à Industrie Forestière d’Ouesso.

Os pros e contras da silvicultura sustentável

Alguns ecologistas são de opinião que é possível manter estável o número de gorilas em áreas de abate de madeiras, mas para isso os madeireiros devem respeitar minuciosamente as regras de abate estabelecidas e reconhecidas internacionalmente.

No entanto, os ambientalistas também salientam os pontos problemáticos nas áreas concessionadas aos madeireiros: nem sempre o abate é feito em consonância com as regras nacionais e internacionais. Corta-se demasiada madeira, por vezes sem o conhecimento das autoridades e o transporte é sempre feito por enormes vias de terra batida que são abertas no meio da floresta. Essas estradas abrem o caminho a todo o tipo de elementos indesejáveis, entre eles os próprios caçadores furtivos.

Uma reportagem de Carine Debrabandère adaptada por António Cascais.

Flash Galerie Kongo 3
Um tronco pode custar - na Europa - cerca de 30.000 EurosFoto: DW / Debrabandère

Autor: António Cascais
Edição: Johannes Beck