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A estratégia da FRELIMO nas eleições gerais em Moçambique

Lusa | kg
20 de julho de 2019

Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirma que o partido no poder terá "compromisso claro e inequívoco" com o combate à corrupção. Comité Central define cabeças-de-lista a candidatos a governadores provinciais.

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Foto: DW/M. Mueia

O Presidente da República de Moçambique e líder da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Filipe Nyusi, afirmou este sábado (20.07) que o combate à corrupção e a promoção da ética governativa serão prioridades, caso seja eleito para um novo mandato.

"O povo moçambicano vai assumir o compromisso claro e inequívoco de fazer de Moçambique um país que combate de forma enérgica a corrupção", declarou Nyusi na abertura da sessão extraordinária do Comité Central do partido no poder, na cidade da Matola, província de Maputo, sul de Moçambique.

Wahlkampagne in Inhambane, Mosambik
Campanha da FRELIMO em Inhambane, sul de MoçambiqueFoto: DW/Luciano da Conceição

O Comité Central, no poder há 44 anos em Moçambique, reuniu-se para debater e aprovar o manifesto da campanha eleitoral visando as eleições gerais de 15 de outubro. O documento vai nortear os discursos de campanha e dar corpo aos instrumentos de governação da FRELIMO, em caso de vitória no escrutínio.

Filipe Nyusi, que é candidato a um novo mandato de cinco anos pela FRELIMO, sublinhou igualmente a promoção da ética governativa como prioridade, caso triunfe nas eleições gerais. "A ética governativa e a integridade serão fundamentais para o fortalecimento das instituições do Estado", frisou.

"Os moçambicanos sem distinção da sua origem étnica, cor, tribo, raça género e religião nunca devem ser excluídos, são e serão sempre o ponto de partida e de chegada da nossa ação governativa", acrescentou.

Várias figuras ligadas ao partido no poder em Moçambique encontram-se detidas por alegado envolvimento em casos de corrupção, com realce para o escândalo das chamadas dívidas ocultas.

Candidatos a governadores provinciais

A sessão da FRELIMO serviu também para que o partido elegesse os cabeças-de-lista a candidatos a governadores das dez províncias moçambicanas, além dos nomes que encabeçam as listas dos candidatos ao Parlamento moçambicano.

Júlio Parruque, atual governador de Cabo Delgado, vai concorrer para o mesmo posto na província de Maputo. Pio Matos, antigo presidente do município de Quelimane, vai concorrer para governador da província da Zambézia. Em Cabo Delgado, o cabeça-de-lista da FRELIMO será Valygi Tualibo e, em Nampula, será Manuel Rodrigues, atual governador da província de Manica, que este ano terá como candidata da FRELIMO a atual governadora da província do Niassa, Francisca Domingos Tomás. 

No Niassa, foi escolhida Judite Massengele e, em Tete, foi indicado Domingos Viola. Daniel Chapo vai concorrer à reeleição na província de Inhambane e Margarida Mapanzene será a candidata na província de Gaza. Em Sofala, foi escolhido Lourenço Bulha.  

"Esta é mais uma demonstração de que com inclusão e dando oportunidade a todos, a FRELIMO apura políticas estratégicas com alta qualidade", concluiu o chefe de Estado moçambicano.

As eleições gerais vão compreender a presidencial, legislativas e assembleias provinciais, que pela primeira vez vão escolher os governadores das dez províncias do país. Este será o sexto sufrágio na história de Moçambique desde a aprovação da Constituição multipartidária, em 1990.

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