A derrocada de símbolos coloniais e racistas
A morte do afro-americano George Floyd incentivou um movimento de derrube de símbolos coloniais em todo o mundo. Manifestantes consideram que as estátuas em homenagem a líderes escravocratas são inapropriadas.
Um gesto contra a escravatura
Uma das primeiras estátuas a serem derrubadas nas manifestações do movimento "Black Lives Matter" ("As vidas negras importam") foi a de Edward Colston, comerciante de escravos do século XVII. Erguido em 1895 no centro de Bristol, no Reino Unido, o monumento de bronze foi jogado ao rio que corta a cidade.
Estátua de Leopoldo II retirada
A cidade de Antuérpia, no norte da Bélgica, retirou uma estátua vandalizada do rei Leopoldo II depois de protestos contra o racismo. Leopoldo II protagonizou muitas das piores atrocidades do colonialismo europeu em África, nomeadamente na atual República Democrática do Congo (RDC).
Colombo derrubado
Estátuas do explorador italiano Cristóvão Colombo foram derrubadas em várias cidades dos Estados Unidos da América. Na cidade de Richmond, no estado norte-americano da Virgínia, os manifestantes jogaram uma estátua ao chão e envolveram-na numa bandeira em chamas, lançando-a depois a um lago.
Estátua de Colombo decapitada
Em Boston, a estátua de Cristóvão Colombo ficou sem cabeça. O monumento no coração da capital do estado de Massachussetts é motivo de controvérsia há muitos anos e já tinha sido vandalizado no passado.
Graffiti em memória de Floyd
Em Miami, no estado norte-americano da Flórida, além de uma estátua de Cristóvão Colombo, um monumento de Juan Ponce de León, outro conquistador espanhol, foi grafitado, incluindo com o nome de George Floyd.
Manifestantes foram mais rápidos
Em Richmond, nos EUA, os manifestantes derrubaram uma estátua de Jefferson Davis, que foi presidente dos Estados Confederados da América durante a guerra civil. A cidade já tinha planeado retirar a estátua, mas os manifestantes foram mais rápidos.
Proprietário de escravos
Ainda na cidade de Richmond, manifestantes usaram cordas para derrubar a estátua do general confederado Williams Carter Wickham do seu pedestal, em Monroe Park. O líder pró-confederação norte-americana era proprietário de escravos.
Contra jornalista italiano
A estátua do jornalista Indro Montanelli, em Milão, norte da Itália, também foi alvo dos protestos antirracistas. O italiano reconheceu que, nos anos 1960, teve uma "noiva" de 12 anos de idade, vinda da Eritreia.
Winston Churchill blindado
Em Londres, manifestantes grafitaram a estátua do antigo primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill. O monumento foi depois blindado para evitar novos ataques. No lugar do nome de Churchill, os participantes dos protestos escreveram "was a racist" ("era um racista").
Pela harmonia social
Na Nova Zelândia, a escultura de bronze do comandante militar colonial John Fane Charles Hamilton foi removida da cidade de Hamilton. A iniciativa foi da própria edilidade. As autoridades locais afirmaram que a retirada da estátua se enquadra num esforço mais vasto para eliminar monumentos "considerados representativos de desarmonia e opressão cultural".