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Ébola: RDC e países vizinhos em alerta

rl | Eddy Micah Jr. | ck | AFP
18 de junho de 2019

Cresce o receio de propagação do vírus ébola, que desde agosto já matou mais de 1.400 de pessoas na República Democrática do Congo. Países vizinhos estão em alerta, principalmente após a morte de duas pessoas no Uganda.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/Al-hadji Kudra Maliro

Sudão do Sul, Ruanda e Burundi já anunciaram um reforço nas medidas de prevenção nas suas fronteiras. Também a Tanzânia declarou que a "ameaça" está à porta.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que, embora a situação seja preocupante, o surto não representa ainda uma emergência global. Ainda assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreysus, chegou segunda-feira (17.06) ao Uganda para se inteirar da resposta que está a ser dada ao surto.

"As hipóteses de propagação ainda existem, por isso viemos aqui para discutir a situação. É necessário continuar a trabalhar para, não só para manter o ébola afastado [do Uganda], mas também para controlar o surto", disse.

Ébola: RDC e países vizinhos em alerta

Em entrevista à DW, o porta-voz da OMS, Tarik Jaserivic garantiu que a organização continuará a fazer todos os esforços "para tentar conter o surto". E voltou a apelar à disponibilização de mais fundos por parte dos doadores para que seja possível combater o surto na RDC ou para a sua eventualpropagação para países como o Uganda.

De acordo com o porta-voz, 45 milhões de euros (50 milhões de dólares) é o valor estimado pela OMS para o combate a esta epidemia. "Esperamos que os doadores intensifiquem o seu trabalho, que é vital, pois todos os ganhos conseguidos até aqui no que toca ao combate à doença podem ser perdidos se não mantivermos a nossa presença", apelou Tarik Jaserivic.

Primeiro caso no Quénia foi falso alarme

No Quénia, uma mulher vinda de Malaba, uma cidade localizada na fronteira ocidental deste país com o Uganda, deu entrada num hospital, na segunda-feira (17.06), com alguns sintomas da doença, mas tudo não passou de um falso alarme no país, que nunca registou qualquer surto de ébola.

Razão pela qual alguns médicos têm manifestado a sua preocupação com a falta de preparação do sistema de saúde do país para um eventual surto. No entanto, a ministra da saúde queniana, Sicília Kariuki, minimizou a ameaça.

"Os sintomas apresentados pela [paciente que deu entrada numa unidade de saúde em Kericho] não correspondem à definição de caso de ébola. No entanto, foram tomadas medidas cautelares, incluindo o isolamento da doente", afirmou a ministra, sublinhando que "não há casos de ébola" e que "o Ministério está a implementar medidas de preparação".