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África tem 6,2 mil casos de novo coronavírus

kg | com agências
2 de abril de 2020

No continente africano, já morreram 221 pessoas devido à Covid-19, segundo o CDC África. PALOP registam 32 casos da doença, a maioria em Moçambique, e três óbitos. No mundo, a doença infetou quase um milhão de pessoas.

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Foto: AFP/S. Sadurni

O novo coronavírus infetou 6.213 pessoas em 49 países do continente africano e matou 221 doentes, segundo o último balanço divulgado esta quinta-feira (02.04) pelo Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (CDC África).

A África do Sul, que implementou regras rígidas de confinamento, é o país com o maior número de contaminados no continente: 1.380. O maior número de mortos está concentrado no Egito (52), Argélia (44) e Marrocos (39).

Os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) registam 32 casos do novo coronavírus e três mortes devido a complicações da doença. Angola mantém o número de sete casos da doença e dois óbitos.

Em Moçambique, o número de infetados subiu de oito para dez, sem nenhuma morte. Cabo Verde tem seis casos da doença e um óbito.

A Guiné-Bissau registou uma nova contaminação e tem agora nove infeções pela Covid-19, sem nenhuma morte. São Tomé e Príncipe ainda não registou nenhum caso.

Quase um milhão de infetados no mundo

O mundo aproxima-se de atingir um milhão de casos da doença, como anunciado esta quarta-feira (01.04) pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Segundo o levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos da América, são mais de 941 mil casos da doença e 47.522 mortos. Dos casos de infeção, quase 196 mil são considerados curados.

"Nas últimas cinco semanas, vimos um crescimento quase exponencial no volume de novos casos, alcançando quase todos os países, territórios e áreas”, destacou. 

Coronavírus: Como se proteger a si e aos outros

Os Estados Unidos da América registaram um novo recorde diário de 884 mortes e de 25.200 pessoas infetadas. Esta forte aceleração eleva para 4.475 o número total de mortes desde o início da pandemia no país. O país é, de longe, o que regista o maior número de casos no mundo (213.372). 

O continente europeu ainda é o epicentro da doença, com cerca de 500 mil casos. A Itália tem o maior o número de mortos, com 13.155 vítimas. A Alemanha registou 6.156 novos casos diagnosticados em apenas um dia, somando 73.522, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), que dá conta de 872 vítimas mortais, um aumento de 140.

Esta quarta-feira, o Governo alemão prolongou as medidas de contenção pelo menos até 19 de abril. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, sublinhou que na altura vai ser feita uma nova avaliação da situação, acrescentando que a "pandemia não conhece férias".

Tragédia na RDC

Na República Democrática do Congo (RDC), cerca de 20 pessoas foram mortas por um relâmpago que danificou linhas de alta tensão na capital Brazzaville. O acidente ocorreu esta quarta-feira no primeiro dia de confinamento obrigatório imposto pelo governo. Uma das linhas de alta tensão caiu sobre uma casa, matando todos os moradores presentes. A RDC tem 123 casos da Covid-19.

No Ruanda, o Governo decidiu estender as medidas rígidas de confinamento depois de o número de casos da doença subir de 17 para 82 em apenas duas semanas. A quarentena imposta em 21 de março vai agora durar até 19 de abril. A população está autorizada a sair de casa apenas para comprar comida e medicamentos.

Nas Ilhas Maurícias, a população vai ser autorizada a comprar itens de subsistência essenciais em determinados dias da semana de acordo com a primeira letra do sobrenome.

O primeiro-ministro justificou a medida para evitar sobrelotação. Os consumidores vão ter apenas 30 minutos para fazer as compras. As pessoas com sobrenome a começar entre as letras A e F vão às compras na segunda-feira; com as letras de G a N, às terças, e com as letras de O a Z, às quartas e sextas. Nos domingos, todos os estabelecimentos ficarão fechados. No país, mais de 1.700 pessoas estão em quarentena em edifícios oficiais e hotéis.  

Segundo estimativas das Nações Unidas, três mil milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria na África Subsaariana, continuam sem acesso a água potável e sabão para lavar as mãos, uma medida considerada "crítica" na prevenção de várias doenças, incluindo a propagação do novo coronavírus. Dois terços da população da África Subsaariana dependem ainda de águas de superfície, ou seja, de lagos e rios, frequentemente poluída e muitas vezes contaminada.

 

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