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Sul-coreano oficializa candidatura à presidência da Fifa

18 de agosto de 2015

Chung Mong-Joon promete reformar entidade num único mandato de quatro anos. Magnata diz que Joseph Blatter é a causa do escândalo de corrupção e faz críticas ao concorrente Michel Platini, presidente da Uefa.

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Foto: picture-alliance/EPA/Yonhap

O sul-coreano Chung Mong-Joon formalizou nesta segunda-feira (17/08) sua candidatura à presidência da Fifa. "Hoje a Fifa atravessa uma crise profunda. Neste contexto, o presidente da entidade deve ser um gestor de crises e um reformador”, afirmou o bilionário de 63 anos.

Em entrevista coletiva em Paris, Mong-Joon se referiu diretamente ao presidente da entidade, Joseph Blatter, que anunciou a renúncia em maio depois que o escândalo de corrupção envolvendo altos dirigentes da Fifa veio à tona.

"O verdadeiro motivo pelo qual a Fifa se tornou uma organização corrupta tem a ver com o fato de a mesma pessoa estar lá há 40 anos. O poder absoluto corrompe tudo", afirmou.

Mong-Joon garantiu que, se eleito, irá cumprir apenas um mandato à frente da Fifa. Segundo o candidato, quatro anos são suficientes para reformar a entidade.

Ele também criticou o presidente da Uefa, Michel Platini, que confirmou interesse em se candidatar. Segundo Mong-Jonn, a antiga estrela do futebol francês era muito próximo de Blatter.

"Michel Platini foi um ótimo jogador de futebol, e ele é meu amigo. O problema é que ele parece não reconhecer a seriedade da crise de corrupção na Fifa", afirmou acrescentando que Blatter e Platini já tiveram uma relação de pai e filho.

Em comunicado, Blatter rebateu as acusações e ressaltou que Mong-Jonn foi vice-presidente da Fifa e membro do comitê de emergência da entidade entre 1994 e 2011.

Além de Platini, o ex-jogador Zico e o príncipe da Jordânia Ali bin Al Hussein também têm a intenção de concorrer ao comando da Fifa. As eleições estão marcadas para fevereiro de 2016. Os candidatos têm até outubro para formalizar a intenção de concorrer.

KG/lusa/dpa/afp