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Número de mortos em terremoto na Itália chega a 250

25 de agosto de 2016

Bombeiros procuram desaparecidos, mas chances de achar sobreviventes nos escombros diminui a cada hora. Riscos de deslizamentos e dezenas de réplicas dificultam operações de resgate.

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Destruição na cidade de Amatrice
Amatrice foi uma das cidades mais atingidas pelo tremorFoto: picture-alliance/NurPhoto/M. Romano

No segundo dia após o terremoto que devastou a região central da Itália, os bombeiros continuam nesta quinta-feira (25/08) a busca por desaparecidos entre os escombros, mas a cada hora que passa a chance de encontrar sobreviventes diminui. O número de mortos na tragédia chegou a pelo menos 250.

Cães farejadores auxiliam nas operações de busca, e tratores removem os escombros. De acordo com a Defesa Civil, aproximadamente 5 mil pessoas, entre policiais, bombeiros, militares e voluntários, participam da operação de resgate.

Apesar de as esperanças de encontrar desaparecidos com vida diminuírem a cada hora, o porta-voz dos bombeiros, Luca Cari, lembrou que sobreviventes foram encontrados 72 horas depois do terremoto que devastou Áquila, na região de Abruzos, em 2009.

Segundo Cari, atualmente há dois pontos principais de busca em Amatrice, uma das cidades mais afetadas pelo tremor: no histórico Hotel Roma, onde acredita-se haver ao menos 70 soterrados, e no centro histórico. Nesta quinta-feira não foram encontrados sobreviventes.

O milagre de Pescara

Amatrice está devastada. A cidade histórica, eleita no ano passado uma das mais bonitas do país, estava lotada de turistas, pois neste fim de semana sediaria um festival gastronômico.

Mais tremores

Um novo tremor de magnitude 4,3 na escala Richter atingiu a região na tarde desta quinta-feira e obrigou as equipes de resgate a interromper os trabalhos, após pedras caírem da torre de uma igreja do século 15 em Amatrice. O abalo danificou também parte da estrutura de uma escola na cidade. O sismo foi registrado às 14h36 (horário local), segundo o Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia.

Os bombeiros alertaram ainda para os riscos de deslizamentos em Amatrice, devido à instabilidade do terreno. "Hoje aconteceu um novo desabamento, portanto existe certa preocupação com a situação difícil na qual estamos. As equipes de resgate podem estar colocando suas vidas em risco em outros desmoronamentos enquanto procuram desaparecidos", acrescentou Cari.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, marcou uma reunião de emergência para determinar as medidas necessárias para ajudar as comunidades afetadas pela tragédia.

O terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter atingiu o centro da Itália na madrugada desta quarta-feira. As cidades mais atingidas foram Accumoli, Amatrice, Pescara Del Tronto e Arquata del Tronto. O abalo deixou mais 360 feridos e milhares de desabrigados. Há muitos turistas entre as vítimas.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial, detectou o epicentro do terremoto a 10 quilômetros de profundidade, perto de Norcia. O sismo foi seguido de dezenas de réplicas de 5,5 e 4,6 e 4,3, perto de Amatrice e de Norcia.

CN/efe/rtr/ap/lusa