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Lukashenko assegura quinto mandato em Belarus

12 de outubro de 2015

Há 21 anos no poder, "último ditador da Europa" vence com mais de 80% dos votos eleição marcada pelo boicote da oposição. Líder é visto por bielorrussos como bastião da estabilidade, em meio a conflitos regionais.

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Foto: Reuters/V. Fedosenko

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, conquistou um quinto mandato com mais de 83% dos votos, numa eleição amplamente boicotada pela oposição. O concorrente mais próximo do político descrito como "o último ditador da Europa" teve apenas 5% dos votos.

A vitória de Lukashenko, confirmada nesta segunda-feira (12/10), era considerada certa. Há 21 anos no poder, o presidente de Belarus não enfrentou nenhuma competição séria depois que os principais nomes da oposição decidiram boicotar o pleito, para eles ilegítimo. Observadores estrangeiros também levantaram suspeitas sobre a transparência do processo eleitoral.

O comparecimento às urnas chegou a 87%, cifra questionada pela oposição. "A comissão eleitoral inventou os resultados como ela queria. Mas estou especialmente impressionado com o comparecimento divulgado, já que metade dos centros de votação estava vazia", disse o líder opositor Anatoly Lebedko.

Lukashenko, um ex-diretor administrativo de fazendas, governa a ex-república soviética desde 1994, mantendo laços estreitos com Moscou. Para muitos bielorrusos, o ditador é sinônimo de estabilidade, dado os problemas econômicos da região e o conflito no leste da vizinha Ucrânia.

As relações com o Ocidente sofreram recentemente uma ligeira melhora após Belarus ter hospedado as conversações sobre a crise na Ucrânia, reunindo ucranianos, russos e rebeldes.

As negociações culminaram no acordo de Minsk, que estabelece um plano para alcançar um cessar-fogo no conflito no leste ucraniano, que coloca rebeldes pró-Russia em confronto com o governo de Kiev.

Consequentemente, o Ministério das Relações Exteriores da União Europeia (UE) está considerando uma suspensão temporária das sanções impostas a Belarus e a Lukashenko, numa tentativa de incentivá-lo a avançar em direção ao Ocidente, em detrimento de Moscou.

PV/afp/rtr/ap