1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Líder da UNITA defende "destituição do Presidente de Angola"

Nelson Sul D'Angola (Benguela)9 de setembro de 2015

Terminaram esta quarta-feira (09.09) as primeiras Jornadas Parlamentares conjuntas dos partidos da oposição em Angola. Isaías Samakuva, lider da UNITA, pediu "processo criminal e destituição de José Eduardo dos Santos".

https://p.dw.com/p/1GTsQ
Wahl Angola
Isaias Samakuva, lider da UNITAFoto: Reuters

O evento decorreu entre 8 e 9 de setembro em Luanda e contou com a participação dos partidos da oposição com assento parlamentar, nomeadamente, a UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA.

Várias figuras da sociedade civil, diplomatas e académicos também marcaram presença e foram convidados a dissertar sobre temas ligados à atual situação politica e socioeconómica do país, nos três painéis que completavam o programa de dois dias.

Mas estas primeiras Jornadas Parlamentares ficaram marcadas com as declarações do líder do principal partido da oposição, a UNITA.

Isaías Samakuva desafiou os deputados a darem início a um processo de responsabilização criminal contra José Eduardo dos Santos, por “crimes de suborno, peculato e corrupção” destacando a “má gestão do erário público, os escândalos do BESA (Banco Espírito Santos Angola), o secretismo à volta dos acordos com a China e os efeitos danosos de uma lei geral de trabalho concebida para defender o patronato e os interesses da oligarquia”.

O líder da UNITA acredita que estas sejam “matérias suficientes” para a “destituição do Presidente da República”.

Para Samakuva a “corrupção do Governo de José Eduardos dos Santos tem empobrecido consideravelmente a vida dos angolanos e beneficiado um pequeno grupo ligado ao circulo presidencial e do partido, o MPLA.. As denúncias e os factos são por demais evidentes no país e no estrangeiro”.

Samakuva terminou o seu discurso dizendo que “aqueles que vivem do peculato e governam na corrupção são quem deviam estar na cadeia e não os 15 jovens ativistas”, concluiu o líder do maior partido da oposição em Angola.

A CASA-CE na voz do seu líder, Abel Chivukuvuku, disse por seu lado, que Angola se encontra atualmente em “falência económica devido às politicas implementadas pelo MPLA há 30 anos e que são desajustadas”.

Chivukuvuku acrescentou que Angola está “bloqueada ao desenvolvimento e à institucionalização de um sistema democrático pela vontade de uma só pessoa que não tem convicções democráticas e condiciona a seu belo prazer todos os parâmetros da vida nacional”.

Abel Chivukuvuku, Präsident von CASA-CE
Abel Chivukuvuku, Presidente do partido CASA-CEFoto: DW/ N. S. D'Angola

Oposição unida para derrotar MPLA nas eleições de 2017?

Chivukuvuku considera ainda que nos últimos tempos impera no país “a lei do mais forte”, onde o regime amordaça as populações através de perseguições politicas e detenções arbitrárias no sentido de desencorajar qualquer contestação ao governo como por exemplo a “invenção de golpes de Estado e a prisão de jovens”.

Estas primeiras Jornadas Parlamentares conjuntas pelos partidos da oposição acontecem a dois anos das eleições gerias de 2017, dando sinais da criação de uma possível plataforma conjunta entre os partidos da oposição contra o MPLA, partido do Presidente José Eduardo dos Santos.

[No title]

Saltar a secção Mais sobre este tema