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Justiça condena Zelada a 12 anos de prisão

1 de fevereiro de 2016

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras é condenado por corrupção passiva por recebimento de propina no afretamento de navio-sonda e por lavagem de dinheiro.

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Foto: Getty Images/AFP/A. Heuler

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, condenou nesta segunda-feira (1º/02) o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa. Zelada havia sido detido em julho do ano passado, na 15ª fase da Lava Jato.

Na sentença, Zelada foi condenado por corrupção passiva "pelo recebimento de vantagem indevida para si e para outrem no contrato entre a Petrobras e a empresa Vantage Drilling para fornecimento do navio-sonda Titanium Explorer" e por lavagem de dinheiro "pela ocultação e dissimulação do produto do crime de corrupção em contas secretas mantidas no exterior".

Além de Zelada, Moro condenou Eduardo Costa Vaz Musa, ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, também por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na época do negócio, Musa era subordinado direto de Zelada. De acordo com o veredicto, como Musa fez acordo de delação premiada, a pena, inicialmente fixada em 11 anos e oito meses de prisão, foi reduzida para dez anos de reclusão.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Zelada e Musa aceitaram receber propina de 31 milhões de dólares do lobista Hamylton Pinheiro Padilha Junior e do executivo Hsin Chi Su, também chamado de Nobu Su, para favorecer a contratação, em janeiro 2009, da empresa Vantage Drilling Corporation para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras ao custo de 1,816 bilhão de dólares.

João Augusto Rezende Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema, foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime fechado por corrupção passiva "a título de participação, pela intermediação de vantagem indevida no contrato entre a Petrobras e a empresa Vantage Drilling para fornecimento do navio-sonda Titanium Explorer".

Padilha Junior também foi condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, a pena dele foi reduzida por ter acordo de delação, passando de 12 anos e dois meses de reclusão para oito anos de prisão.

PV/abr/ots