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Instabilidade não afeta investimentos alemães, diz ministro

Romeu da Silva (Maputo)19 de novembro de 2015

De visita a Maputo, o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier disse que os empresários alemães mostram cada vez mais interesse em investir em Moçambique. O país mostra-se aberto aos investimentos.

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Chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier (esq.), e ministro moçambicano da Indústria, Max Tonela, durante encontro com empresáriosFoto: picture-alliance/dpa/B.von Jutrczenka

A instabilidade político-militar que se vive em Moçambique não afasta os investidores alemães, referiu o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros esta quinta-feira (19.11), de visita a Maputo.

Frank-Walter Steinmeier assegurou que Berlim vai incentivar mais empresários a investir em Moçambique. Não só no setor da energia e, particularmente, no gás, mas também em áreas como a "saúde, educação, agricultura e serviços" - investimentos que deveriam beneficiar diretamente a população, através da criação de postos de trabalho.

"Um número crescente de empresas alemãs está em contacto com os empresários moçambicanos para fazer parcerias", referiu Steinmeier. "A abertura de uma delegação em Maputo da Câmara de Comércio criou um canal de diálogo com o Governo para resolver alguns problemas pendentes."

Außenminister Frank-Walter Steinmeier in Mosambik
Ministro moçambicano Max Tonela (esq.) e ministro alemão Frank-Walter SteinmeierFoto: DW/R. da Silva

Benefícios mútuos

O ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Max Tonela, entende que é fundamental cooperar com uma das maiores economias do mundo.

"[A Alemanha] é uma economia conhecida pela sua capacidade industrial, algo que é requerido por nós para trabalharmos em conjunto no processo de desenvolvimento da nossa indústria em Moçambique", disse o ministro.

"Neste momento, está em processo de negociação um novo investimento, de uma mina de grafite em Cabo Delgado. Mas [os investidores alemães] também estão interessados em explorar outras áreas. Têm experiência na área de agro-processamento, na indústria alimentar, no turismo. As áreas são diversas."

Außenminister Frank-Walter Steinmeier in Mosambik
Encontro com empresários alemães durante visita de ministro SteinmeierFoto: DW/R. da Silva

Séculos vs. décadas de setor privado

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz que é preciso apostar na formação dos moçambicanos para que a economia do país se torne mais competitiva. Nesse sentido, a experiência alemã pode ser uma mais-valia, segundo Rui Monteiro, vice-presidente da CTA.

"O setor privado alemão ou europeu tem à volta de 500 anos. Nós estamos aqui há 40 anos", disse Monteiro. "Portanto, temos de beber da experiência que os alemães têm, não só na área da tecnologia, mas também na área da formação e do empreendedorismo."

Durante a visita a Moçambique, o chefe da diplomacia alemã encontrou-se ainda com o seu homólogo, Oldemiro Balói, bem como com o ministro dos Recursos Minerais e Energia e o ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional.

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