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Indústria alemã promete empregar refugiados

6 de setembro de 2015

Presidente da Confederação da Indústria Alemã diz que empresas precisam de mão de obra estrangeira e critica demora na concessão de asilo. Chefe da Daimler propõe informar sobre oportunidades nos centros de acolhida.

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Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul

"Estamos prontos a fornecer a todos os requerentes de asilo possibilidades legítimas de permanecer, acesso rápido e seguro à educação e postos de trabalho", garantiu o presidente da Confederação da Indústria Alemã (BDI), Ulrich Grillo. A BDI representa 100 mil empresas alemãs, que empregam cerca de 8 milhões de trabalhadores.

Grillo alertou que as autoridades não percam tempo na acolhida e integração dos 800 mil requerentes de asilo que devem chegar neste ano ao país. "Podemos, sob as condições certas, integrar rapidamente refugiados bem qualificados na cadeia de valor", disse.

Grillo, entretanto, vê como problema o processo de concessão de asilo alemão. Segundo ele, o procedimento deve ser "ser mais eficaz e mais suportável para as pessoas". "Agora precisamos ter flexibilidade e criatividade", disse o chefe da BDI. O empresário também pediu que estados e municípios alemães recebam maior apoio financeiro e logístico.

O presidente-executivo da montadora alemã Daimler, Dieter Zetsche, também se pronunciou de forma similar. "A maioria dos refugiados é jovem, bem qualificada e altamente motivada. É justamente essas pessoas que estamos procurando", disse o executivo ao jornal Bild am Sonntag. Zetsche acrescentou que os migrantes que chegam são uma "grande oportunidade para o país". "A Alemanha não consegue mais preencher as vagas disponíveis apenas com alemães", frisou.

Ele sugeriu que as empresas informem os refugiados já nos centros de acolhimento sobre oportunidades e pré-requisitos para empregos. A fim de melhor integrar os requerentes de asilo ao mercado de trabalho, o presidente da Daimler também propõe que seja proibida a deportação de jovens que estejam fazendo cursos profissionalizantes. "Eles têm que receber a garantia de que não serão deportados."

Atualmente, refugiados são autorizados a trabalhar três meses após terem aprovado pedido de asilo, mas somente se não houver um candidato apropriado da Alemanha ou de outro país da UE.

MD/dpa/afp