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Fed reprova Deutsche Bank e Santander em "teste de stress"

30 de junho de 2016

Banco central americano detecta falhas nos planos de capital e de gestão de risco das duas instituições. Avaliação é feita desde a crise de 2008, para garantir que bancos tenham fundos suficientes em caso de recessão.

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Deutsche Bank
Foto: picture-alliance/dpa/A. Dedert

As subsidiárias americanas do banco alemão Deutsche Bank e do espanhol Santander foram reprovadas no teste anual de stress do banco central dos Estados Unidos (Fed) por causa de falhas nos planos de capital e de gestão de risco.

Trata-se da segunda vez consecutiva que o Deutsche Bank recebe uma avaliação negativa do Fed. O Santader falhou pela terceira vez consucutiva. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29/06) após o fechamento dos mercados nos EUA.

Segundo comunicado do órgão, apesar de alguns avanços, o Deutsche Bank "continua a ter questões de supervisão ainda não resolvidas, que prejudicam de forma grave o processo de planejamento de capital".

"Lições aprendidas"

O diretor executivo do Deutsche Bank nos EUA, Bill Woodley, afirmou que a adequação de capital do banco "nunca foi colocada em dúvida". "Vamos implementar as lições aprendidas neste ano para fortalecer o nosso processo de planejamento de capital", disse em comunicado.

O Fed avaliou que, em "termos qualitativos", tanto o banco alemão quanto o Santander se basearam em pressupostos que "não eram razoáveis nem apropriados" em relação ao retorno de capital aos acionistas.

Fed
Fed avaliou 33 instituições financeiras globaisFoto: picture alliance/AP Images/J. Scott Applewhite

Já em "termos quantitativos", o teste de stress do Fed apontou que os dois bancos possuem capital suficiente para lidar com uma eventual recessão econômica grave.

O Fed deu uma aprovação condicionada à Morgan Stanley, multinacional americana de serviços financeiros, que terá seis meses para reapresentar seu plano. Os planos de distribuição de capital de outras 30 instituições financeiras foram aprovados.

No caso do Santander, enquanto as exigências do Fed não forem atendidas, o banco não terá acesso a capital para investir em suas principais filiais no Brasil, Espanha e Reino Unido.

O banco central americano aplica as medidas de correção desde a crise financeira de 2008, para garantir que as instituições bancárias disponham de capital suficiente para oferecer empréstimos e absorver perdas em tempos de crise.

KG/rtr/afp/dpa