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Expectativa de vida aumenta no mundo, diz estudo

27 de agosto de 2015

Pesquisa revela que as pessoas estão vivendo, em média, 6 anos a mais do que em 1990, mas também estão gastando mais tempo lutando contra doenças. No Brasil, expectativa de vida sobe de 69,25 para 75 anos de idade.

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Foto: DAMIEN MEYER/AFP/Getty Images

A população mundial está vivendo mais, mas também está gastando mais tempo lutando contra doenças e deficiências, aponta uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet nesta quarta-feira (26/08).

Theo Vos, professor do Instituto de Metrologia da Saúde da Universidade de Washington, que liderou o estudo, observa que grandes progressos foram realizados na saúde global, em particular na luta contra doenças infecciosas, como aids e malária. "Agora o desafio é investir em encontrar formas mais eficazes de prevenir ou tratar as principais causas de doenças e deficiências", diz.

A principal descoberta dos pesquisadores foi que, globalmente, a expectativa de vida subiu 6,2 anos – de 65,3 em 1990, para 71,5, em 2013, na média combinada de ambos os sexos. Para os homens, a expectativa passou para 68,8 anos e, para as mulheres, 74,3 anos.

No Brasil, a pesquisa revela que, a expectativa de vida aumentou 6,1 anos para os homens e 5,4 anos para as mulheres. Atualmente, a expectativa de vida das mulheres no Brasil supera a dos homens – 78,4 anos ante 71,6 anos, sendo a expectativa média de 75 anos.

Entre os 188 países pesquisados, o Brasil ficou na 49ª posição, abaixo da maioria dos desenvolvidos, incluindo Austrália, Espanha e Japão, e abaixo também de alguns países menos ricos, como Líbano e Sérvia.

Expectativa de vida saudável

O estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, também publicou as chamadas estatísticas HALE (sigla em inglês para "expectativa de vida adulta saudável") para todos os países, que indicam o período de tempo que alguém pode esperar viver sem doença grave ou deficiência.

A pesquisa destacou o fato de que as mudanças no período de 23 anos variaram de país para país, mas que, na maioria dos casos, elas foram "significativas e positivas". No Brasil, a expectativa de vida saudável cresceu 4,9 anos para os homens e 4,4 anos para as mulheres.

As exceções foram Belize, Botsuana e Síria, onde a expectativa de vida saudável não teve nenhuma melhora perceptível. Em alguns países, incluindo África do Sul, Paraguai e Belarus, as perspectivas até pioraram.

No Lesoto e na Suazilândia, por exemplo, pessoas nascidas em 2013 podiam esperar viver cerca de 10 anos saudáveis a menos que as nascidas 20 anos antes. Países como a Nicarágua e Camboja, por outro lado, apresentaram grandes melhoras, em média de 14 anos.

O Lesoto apresenta a menor expectativa de vida saudável do mundo, de 42 anos. No outro extremo da escala, o Japão registrou a maior expectativa de vida adulta saudável, pouco mais de 73 anos de idade – e uma expectativa de vida de mais de 83 anos.

Ainda de acordo com o estudo, Cingapura, Andorra, Islândia, Chipre, Israel, França, Itália, Coreia do Sul e Canadá estão entre os outros países, depois do Japão, onde as pessoas podem esperar viver vidas mais longas e mais saudáveis. A expectativa de vida na Alemanha ficou em 80,6 anos, e a de vida saudável, em 68,8 anos.

MD/rtr/efe/abr