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EUA atacam líder do "Estado Islâmico" na Líbia

15 de novembro de 2015

Abu Nabil, principal chefe do grupo jihadista no país africano, provavelmente foi morto, dizem autoridades. Péntagono descarta conexão com ataques em Paris e prevê desarticulação do grupo extremista em solo líbio.

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Foto: picture-alliance/dpa

Um ataque aéreo executado pelos Estado Unidos teve como alvo e provavelmente matou o principal líder do "Estado Islâmico" (EI) na Líbia, Abu Nabil, anunciou o Pentágono neste sábado (14/11).

O ataque, ocorrido nesta sexta-feira, teria sido autorizado e planejado antes da série de atentados executados por atiradores e homens-bomba em Paris no mesmo dia, que deixaram ao menos 129 mortos. O EI reivindicou a responsabilidade pelos incidentes na capital francesa.

Funcionários do governo americano expressaram, em condição de anonimato, confiança de que Nabil, também conhecido como Wissam Najm Abd Zayd al Zubaydi, foi provavelmente morto no ataque aéreo – conduzido por um caça F-15 na cidade de Derna, no nordeste líbio. No entanto, segundo o jornal The New York Times, autoridades teriam dito que levaria alguns dias para confirmar a morte do líder.

"A morte de Nabil vai diminuir a habilidade do EI de alcançar os objetivos do grupo na Líbia, incluindo o recrutamento de novos membros, o estabelecimento de bases na Líbia e o planejamento de ataques externos contra os Estados Unidos", afirmou o Pentágono em comunicado. Nabil é descrito como um cidadão iraquiano que atuou na Al Qaeda por muito tempo.

"Este não é o primeiro ataque dos EUA contra terroristas na Líbia, mas é o primeiro ataque contra um líder do EI no país e demonstra que iremos atrás dos líderes do EI onde quer que eles operem", diz o comunicado.

Os EUA já atacaram militantes fora dos principais campos de batalha do EI, no Iraque e na Síria, mas a investida contra Nabil foi significativa devido à ligação estreita dele com a liderança principal dos extremistas, disse um funcionário do governo americano.

Na Líbia, o grupo está baseado sobretudo na cidade de Sirte, mas ainda está presente em Derna, de onde foi expulso em julho por combatentes islamistas locais e residentes.

O EI já deixou suas marcas no país norte-africano, que mergulhou no caos após a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011. Os extremistas massacraram cristãos egípcios, açoitaram publicamente criminosos em Sirte, invadiram plataformas de petróleo e atacaram um hotel cinco estrelas em Trípoli.

Na última sexta-feira, o Pentágono havia afirmado ser "razoavelmente certo" que outra figura importante do EI, o militante Mohammed Enwazi, conhecido como "Jihadi John", foi morto num ataque com drone na Síria. O britânico aparece em vários vídeos de decapitações de cidadãos ocidentais pelos extremistas.

LPF/ap/rtr/afp