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Em dez meses, México encontra 60 valas clandestinas

27 de julho de 2015

Autoridades afirmam que busca pelos 43 estudantes desaparecidos desde setembro resultou na descoberta de mais de 120 corpos. Parentes dos jovens pressionam por continuação das investigações.

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Vala comum encontrada em 13 de outubro em Cerro Gordo, na região de IgualaFoto: Y. Cortez/AFP/Getty Images

A Procuradoria-Geral do México afirmou nesta segunda-feira (27/07) que a busca pelos 43 estudantes desaparecidos desde setembro resultou na descoberta de ao menos 60 valas comuns clandestinas com 129 corpos na cidade de Iguala, no sul do país.

Nenhum dos restos mortais está ligado aos estudantes, que, segundo as investigações, foram capturados por policiais, entregues a traficantes e levados a um aterro sanitário, onde foram queimados. Até agora, apenas um dos jovens foi identificado, com base na análise de um dente e um osso encontrados.

O número de sepulturas e corpos encontrados desde outubro deve ser, porém, muito maior do que o informado, já que Procuradoria declarou que a cifra representa somente os casos em que especialistas do órgão estão envolvidos.

A agência de notícias Associated Press obteve o número após requisitar os dados por meio da lei de acesso à informação mexicana.

O caso dos 43 estudantes desaparecidos chamou a atenção para o problema de desaparecimento de pessoas em Guerrero e outros estados mexicanos, onde a violência por causa das drogas é generalizada. No domingo, pais dos alunos marcharam e pediram que as investigações do governo continuem.

"Nós exigimos o relançamento das buscas e a reabertura do caso, algo que esse governo corrupto se recusa a fazer", afirmou Vidulfo Rosales, um dos advogados das famílias dos estudantes.

Mais de 20 mil pessoas estão desaparecidas em todo o México, sendo muitas em Guerrero, um dos principais estados produtores de ópio e campo de batalha por território e rotas de tráfico de drogas entre vários cartéis rivais.

FC/ap/afp/dpa