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Conselho Central dos Judeus na Alemanha critica a AfD

1 de maio de 2016

Partido tem posições claramente hostis às religiões e "deixou o terreno da constitucionalidade", afirma presidente do conselho. AfD incluiu a expressão "o islã não faz parte da Alemanha" no seu programa.

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Foto: picture-alliance/dpa/M. Hibbeler

O Conselho Central dos Judeus na Alemanha criticou com palavras duras as posições sobre religião do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que definiu seu programa partidário neste domingo (01/05), durante congresso realizado em Stuttgart. No programa consta a expressão "o islã não faz parte da Alemanha".

"As decisões programáticas da AfD, tomadas neste fim de semana, tornaram cristalina a posição hostil às religiões desse partido", afirmou o presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Josef Schuster, em Berlim. Para ele, a AfD "deixou o terreno da constitucionalidade".

Segundo ele, principalmente a referência ao islã no programa partidário demonstra "a intolerância e a falta de respeito do partido com as minorias religiosas na Alemanha". Outro sinal dessa intolerância está na defesa que o partido faz da proibição da shechita, o ritual com qual animais destinados ao consumo são mortos tanto no islamismo como no judaísmo, afirma.

"Por isso, as decisões da AfD também são um ataque ao judaísmo na Alemanha, o que nós não podemos aceitar", afirmou Schuster. "As deliberações no programa partidário são um clara tentativa de dividir a nossa sociedade e de boicotar a convivência pacífica", afirmou.

A AfD adotou uma posição anti-islã em seu programa partidário. "Um islã ortodoxo, que não respeita ou até mesmo combate a nossa ordem jurídica e almeja uma posição de dominação, como única religião válida, é incompatível com a nossa ordem jurídica e a nossa cultura", afirma o capítulo 9 do programa, intitulado "O islã não faz parte da Alemanha".

AS/afp/dpa