Arquiteto projeta "cidade aquática" no Rio

O escritório do arquiteto Vincent Callebaut apresentou o projeto na forma de uma carta fictícia escrita por uma menina em 2065, num universo em que essas construções saíram do papel. De acordo com essa “carta”, os edifícios seriam construídos a partir de um material chamado “algoplast”, uma mistura de material plástico e algas.

Imagens conceituais mostram como seriam esses enormes edifícios distribuídos na Baia da Guanabara e na costa do Rio do Janeiro. Cada um contaria com 250 andares e capacidade para 20 mil pessoas. O projeto prevê que as construções poderiam se estender até mil metros abaixo da superfície. Com uma linha sustentável, o projeto prevê que 25% dos andares sejam usados para produção de alimentos.

O acesso aos prédios seria feito pela superfície, por meio de diversas docas. Além de moradia, as construções também preveem áreas para a instalação de laboratórios, escritórios, hotéis, escolas e espaços para a prática de esportes. A proposta foi batizada como "Aequorea", em alusão a um tipo de medusa (ou água-viva). A forma foi escolhida para dar maior estabilidade aos prédios.

As construções seriam capazes de produzir a própria energia com o uso de turbinas que aproveitam a força das correntes marítimas e através do uso máximo da luz solar, dispensando assim a necessidade de combustíveis fosseis. Já estabilidade dos prédios seria garantida por tanques de lastro distribuídos ao longo da estrutura.

Já o plástico usado nas construções poderia ser recolhido nos grandes depósitos de lixo que se acumulam nos oceanos. Nos detalhes do projeto, a estimativa é que Aequorea custaria pelo menos 2,7 bilhões de euros (cerca de 12 bilhões de reais) para sair do papel.