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PIB caiu drasticamente

13 de janeiro de 2010

O PIB alemão encolheu em torno de 5% no último ano, devido à forte redução nas exportações e nos investimentos. Essa foi a pior retração da economia do país na história do pós-guerra.

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Foto: DW-Montage

Entre os vários dados econômicos de 2009 compilados pelo Departamento Federal de Estatística da Alemanha, o que mais salta aos olhos são os 5% de retração do PIB do país em relação a 2008.

"Se compararmos esse número com os dos anos anteriores, precisamos dizer que tivemos a mais forte recessão na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra. Esses 5% de retração são uma queda significativa da produção econômica", declara Roderich Egeler, presidente do Departamento Federal de Estatística.

Todos os serviços e mercadorias produzidos na Alemanha no ano de 2009 perfizeram um valor total de aproximadamente 2,4 bilhões de euros. A soma pode até parecer alta, mas quando o PIB não aumenta e sim diminui, as consequências são visíveis, explica Jörg Krämer, economista-chefe do Commerzbank.

"Se as empresas na Alemanha produzem 5% a menos, então também alegam precisar de 5% a menos de funcionários, o que implicaria o corte de 2 milhões de empregos. Isso prova o quão problemático é quando a economia retrai 5%", explica Krämer.

Desemprego estável

A crise, contudo, ainda não chegou ao mercado de trabalho. O número de empregos se manteve estável, praticamente igual ao ano anterior. Em função da redução da jornada de trabalho, houve uma queda de aproximadamente 2,8% do número de horas trabalhadas.

Dois setores contribuíram especialmente para esse recuo da produção: as exportações, que normalmente são um dos pilares da economia do país, e os investimentos.

O bônus de sucateamento de carros velhos pôde manter o consumo estável, mas a retração econômica mais grave aconteceu já no início do último ano, explica Egeler: "Nos meses do inverno europeu entre 2008 e 2009 tivemos uma retração econômica fortíssima. Esperemos, então, que no últimos trimestre tenhamos alcançado o ponto mais baixo dessa recessão".

Previsões para 2010

Para 2010, o economista prevê um crescimento aproximado de 1% a 2% do PIB . "Ou seja, não será um ano catastrófico, tudo vai melhorar. As coisas vão mudando também para melhor, mas é preciso prestar atenção nos detalhes e nos pontos de mudança", prevê Gertrud Traud, do Landesbank de Hessen-Turíngia.

Para os cofres do Estado, 2009 foi um ano difícil em termos de orçamento, devido aos pacotes de apoio à conjuntura e ao bônus de sucateamento de carros velhos. As novas dívidas subiram para 3,2% do PIB no último ano, mais do que o permitido pelo pacto de estabilidade do euro. Os outros países da UE, no entanto, tiveram que contrair ainda mais dívidas que a Alemanha.

Autor: Hendrik Buhrs (sv)
Revisão: Simone Lopes