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Zé Roberto: derrotar o Real é difícil, mas não impossível

Marcio Weichert14 de maio de 2002

Brasileiro admite que perda seguida de dois títulos abateu moral do Leverkusen, mas jogadores estão conscientes de que título da Liga dos Campeões é a última chance de não terminar temporada de mãos vazias.

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Meia esquerda brasileiro desfalca Bayer Leverkusen na final contra o Real MadridFoto: AP

Zé Roberto está triste. Não porque ele e seus companheiros do Bayer Leverkusen deixaram escapar, primeiro, o título do Campeonato Alemão, depois, o da Copa Alemanha. Está triste porque, suspenso, não poderá jogar a final da Liga dos Campeões, contra o Real Madrid, seu ex-clube, na noite desta quarta-feira, em Glasgow.

"Gostaria muito de entrar em campo, até porque o adversário é o Real. Minha passagem no clube foi muito curta. Não tive chance de mostrar lá minhas qualidades", afirmou Zé Roberto, em entrevista por telefone à Deutsche Welle. O meia esquerda foi contratado pelo clube madrileno no início de 1998, sendo vendido ao Flamengo no fim do mesmo ano, dispensado no meio da temporada européia.

O brasileiro admite que a perda dos dois títulos nacionais disputados nos últimos 10 dias abateu o moral da equipe. "O clima ficou ruim por alguns dias, mas já passou e todos estão conscientes de que temos mais um jogo importante pela frente", observou.

Real Madrid também chega à final de mãos vazias

O ex-jogador do Flamengo e da Portuguesa de Desportos reconhece que o Real Madrid, campeão da Liga em 1998 e 2000 e carrasco do Leverkusen em 2001, é o favorito para a final. "A gente tem de respeitar o passado do Real, assim como seu atual elenco de estrelas. Mas não temos por que nos acuar. Vai ser difícil, mas não é impossível vencê-los", disse o brasileiro.

De fato, apesar da falta de tradição no cenário europeu – esta foi a primeira vez que passou da primeira fase da Liga dos Campeões –, o Bayer Leverkusen não tem motivos para baixar a cabeça diante do Real. Para chegar à final, o time alemão venceu o Deportivo La Coruña (duas vezes), o Barcelona, a Juventus de Turim e o Liverpool e despachou o Manchester United com dois empates.

Além do mais, o Leverkusen não é o único que chega à final da Liga dos Campeões de mãos vazias. No ano de seu centenário, o Real Madrid terminou o Campeonato Espanhol na terceira colocação e perdeu a final da Copa do Rei para o La Coruña.

Confiança no esquema bem-sucedido do Leverkusen

Zé Roberto acrescentou que os jogadores estavam conscientes, desde o início desta seqüência de finais, da possibilidade de terminarem a temporada com até três ou mesmo nenhum troféu. Eles sabem que agora só resta uma chance, inclusive para silenciarem o apelido de "eterno vice", ganho pelo fato de o Leverkusen nunca ter conquistado um título da Bundesliga.

O meia esquerda não esconde sua sensação de que o time sentirá sua falta em campo, mas está confiante na capacidade ofensiva de seu substituto, o atacante Brdaric, que jogará recuado, na posição do brasileiro. Apenas Neuville ficará na frente. "É o mesmo esquema bem-sucedido nos demais jogos da Liga dos Campeões", explicou o brasileiro à DW.