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Xi Jinping inaugura mandato em tom nacionalista

20 de março de 2018

Em discurso à Assembleia Nacional, presidente prevê nova era de supremacia militar e econômica e alerta para tentativas de separação do território chinês.

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China Nationaler Volkskongress Xi Jinping
Presidente chinês, Xi Jinping, discursa diante da Assembleia Nacional PopularFoto: Reuters/D. Sagolj

Com um discurso de forte tom nacionalista e prometendo nova era de supremacia militar e econômica, o presidente chinês, Xi Jinping, fechou nesta terça-feira (20/03) a sessão de encerramento do plenário anual da Assembleia Nacional Popular (AMP), que o elevou a um nível de poder que apenas Mao Tsé-tung teve anteriormente.

Diante de quase três mil delegados, Xi fez uma exaltação da China, apelando à unidade dos chineses em prol do "grande rejuvenescimento da nação" e dizendo que o país jamais permitirá que parte de seu território seja separada dele. Xi também enfatizou que a China está pronta para lutar uma "batalha sangrenta" para recuperar seu legítimo lugar no mundo.

O presidente chinês afirmou que o povo está agora "mais próximo do que em qualquer outro período da história de realizar o grande rejuvenescimento da nação”,

"Manter a soberania nacional, a integridade territorial e a completa unificação da pátria é a aspiração comum de todos os chineses", discursou. "Quaisquer tentativas ou manobras que visem dividir a pátria estão condenadas ao fracasso" e também serão "condenadas pelo povo e punidas pela história", completou.

Referindo-se a Taiwan, que se intitula República da China, mas que Pequim considera ser parte do seu território, Xi disse que o continente chinês continuará a persistir em "unificação pacífica" com a ilha. Ele voltou a advertir com firmeza contra qualquer tentativa de proclamar  a independência de Taiwan, ilha separada do país depois da vitória comunista na guerra civil que terminou em 1949.

Xi também prometeu uma "nova era" de supremacia militar e econômica internacional para seu país. No entanto, ele também assegurou que Pequim não se tornaria uma potência beligerante.

No discurso, com o qual iniciou seu segundo mandato de cinco anos, Xi disse que a China é hoje uma "grande nação, cujo orgulho está justificado" e apelou aos cidadãos chineses para que sigam fazendo história e criando "novos milagres".

O presidente também ressaltou a "liderança absoluta" do PCC em todos os aspectos da vida do país.

Xi fechou, assim, um plenário da ANP marcado pela aprovação de medidas que consolidam de seu poder em todos os níveis sobre o país mais populoso do mundo e a segunda economia global.

Nas últimas duas semanas, a ANP eliminou o limite de dois mandatos para o presidente e o vice-presidente, o que permite a Xi comandar o país indefinidamente.

Além disso, os legisladores reelegeram Xi por unanimidade e respaldaram a colocação de homens de seu círculo mais estreito em postos-chave do regime: desde o novo vice-presidente, Wang Qishan, até o novo arquiteto da política econômica, Liu He, passando por Yang Xiaodu como máximo responsável pela luta contra a corrupção.

MD/afp/efe/lusa/dpa

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