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Veículos alemães brilham em Paris

Marion Andrea Strüssmann25 de setembro de 2004

O Salão do Automóvel de Paris é uma das mais importantes vitrines da indústria automobilística. Realizado a cada dois anos, apresenta as últimas tendências e inovações dos carros de passeio.

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BMW H2R, carro a hidrogênio mais rápido do mundoFoto: dpa

Novamente os fabricantes de carros de todo o mundo, incluindo a Alemanha, se reúnem na glamourosa capital da França para apresentar suas últimas criações no Salão do Automóvel de Paris, entre os dias 25 de setembro e 10 de outubro. O evento, que acontece a cada dois anos, é considerado um dos mais importantes do setor.

Na edição 2002, o número de visitantes foi de aproximadamente 1 milhão e 400 mil. Este ano, com 480 expositores provenientes de 26 países e 60 lançamentos mundiais, os organizadores estimam a presença de 1,5 milhão de pessoas.

"Nenhum outro produto de consumo fascina tanto quanto o automóvel", destacou o chefe do comitê organizador da feira, Pierre Peugeot. Sendo assim, um evento deste porte não poderia ser inaugurado sem a devida pompa. Com a presença do presidente da França, Jacques Chirac, o Salão do Automóvel foi oficialmente aberto com uma queima de fogos de artifício.

Depois de ser atingido pela crise mundial, o setor confia no reaquecimento da economia e está agora bastante otimista. Diversas montadoras calculam de antemão um aumento nas vendas para os próximos meses. A exceção, entretanto, continua sendo parte da indústria automobilística alemã.

Sol e chuva

"Enquanto em outros países o sol brilha para o setor automobilístico, para os alemães a previsão é de chuva. As principais causas seriam a difícil situação que a Volkswagen atravessa e a dificuldade da Opel em comercializar sua produção excedente", revelou Ferdinand Dudenhöffer, especialista do Centro de Pesquisas automotivas da Universidade de Gelsenkirchen.

Pariser Autosalon Golf GTI
Novo Volkswagen Golf GTIFoto: AP

Há cerca de uma década, o setor começou a investir na diversificação de sua gama de modelos. Isto fez com que veículos tradicionais, como o Golf, da Vokswagen, acabassem perdendo mercado para produtos como as vans, os utilitários esportivos e uma série de novos carros compactos. Tal tendência ainda é atual.

Por isso, a VW, ao invés de se concentrar apenas no lançamento de novas versões de um mesmo veículo, estuda a criação de um modelo econômico totalmente novo. Já a Opel pensa em fechar oficinas e enxugar o quadro de pessoal para superar a crise.

Nem tudo está perdido

Enquanto a VW e a Opel impedem que o mercado alemão de automóveis comemore com o mesmo entusiasmo que outros países uma retomada do crescimento das vendas, o mesmo não se pode dizer da BMW. A famosa fabricante alemã de veículos de luxo espera aumentar sua atual comercialização anual de cerca de 1 milhão de veículos para 1,4 milhão.

Pariser Autosalon BMW 120i
BMW 120iFoto: AP

"Todas as novas oficinas trabalham com capacidade máxima", garantiu o diretor financeiro da BMW, Stefan Krase, no Salão do Automóvel. A empresa bávara vai inaugurar uma nova oficina em Leipzig, no próximo ano, e planeja uma parceria com a montadora e fornecedora de peças Magna Steyr, da Áustria.

Vento a favor

A DaimlerChrysler anunciou esta semana que pretende criar 800 novos empregos em sua oficina localizada em Rastatt. O conglomerado Audi, por sua vez, está confiante apesar de ter registrado uma queda no faturamento nos primeiros oito meses de 2004. "Vamos vender mais de 770 mil veículos em todo mundo" anunciou um dos diretores, Ralph Weyler. Se isto acontecer, a Audi registrará um novo recorde.

Porsche Cayenne in Paris
Porsche CayenneFoto: AP

A Porsche, com sede em Stuttgart, também tem motivos para comemorar. Pela primeira vez conseguiu superar a marca de um bilhão de euros em vendas no último ano fiscal (2003/2004), graças, especialmente, ao modelo Cayenne. Neste Salão do Automóvel, a Porsche apresenta o novo Boxster e aposta em seu sucesso. "Será a retomada do crescimento", afirmou Wendelin Wiedeking, presidente da Porsche.