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Verdes eufóricos e liberais decepcionados

(sv)23 de setembro de 2002

Apesar da disputa acirrada pela maioria parlamentar, as eleições alemãs registram claramente o crescimento nas urnas de cristãos-democratas e verdes e as perdas de social-democratas, liberais e neocomunistas.

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Claudia Roth e Fritz Kuhn, líderes dos Verdes, comemoram o aumento de votosFoto: AP

O líder da bancada democrata-cristã, Friedrich Merz, afirmou que os primeiros prognósticos das eleições no país remetem a um sucesso absoluto de seu partido. Segundo Merz, já desde o início do ano percebia-se uma mudança de rumos na política alemã. A decisão sobre quem governará o país pode estar agora nas mãos dos liberais, prováveis parceiros de coalizão com os democrata-cristãos. "Se continuar assim, então os social-democratas e verdes não terão mesmo uma maioria", comenta Merz.

Os líderes das bancadas do SPD e dos Verdes vêem os resultados de outra forma. O social-democrata Ludwig Stiegler anunciou em entrevista ao canal de televisão ARD, que "parece que a atual coalizão vai continuar a governar". A líder verde Kerstin Müller demonstrou mais precaução, afirmando que espera "que social-democratas e verdes consigam o suficiente". Os Verdes registram um sensível crescimento no percentual de votos em relação às últimas eleições de 1998.

A presidente do Partido Verde em Berlim, Sybill Klotz, definiu a performance dos Verdes como "um resultado ótimo". Digna de nota é a vitória do candidato verde Christian Ströbele, que deve receber um mandato direto para o Bundestag, conquistado com o apoio dos eleitores nos bairros berlinenses Friedrichshain e Kreuzberg.

O líder da bancada verde no Bundestag, Rezzo Schlauch, deixou em aberto a possibilidade de os verdes receberem – em função dos bons resultados nas urnas – um ministério a mais, caso a atual coalizão de governo continue. O prefeito de Berlim, Klaus Wowereit (SPD), acentuou que os resultados das eleições estão "tão apertados quanto esperados".

Os liberais reagem decepcionados aos resultados atingidos. Apesar disso, o presidente do partido, Guido Westerwelle, afirmou ao canal de televisão ARD, que "ainda há uma longa contagem de votos" pela frente.