Verão de extremos na Europa
Este ano já se anuncia como um dos mais quentes em quase um século e meio na Europa. Enquanto parte do continente enfrenta enchentes e tempestades de raios, outra sofre com seca e incêndios.
Lúcifer ataca
Uma sufocante onda de calor apelidada de "Lúcifer" varreu o Sul da Europa, causando transtornos e destruição. Com temperaturas acima de 40 graus Celsius da Espanha, no oeste, aos países dos Bálcãs, no leste, safras secaram, reservas d'água evaporaram, e incêndios foram registrados.
Um lugar à sombra
Em meio às temperaturas recorde da ilha espanhola de Maiorca, os turistas disputam um lugarzinho à sombra. Aqui eles encontraram abrigo sob a Catedral de Palma. Os hospitais estão lotados em diversos países europeus, com mortes por calor registradas na Itália, Espanha e Romênia.
Noites abafadas
As coisas não melhoram muito com o anoitecer. Nesta foto, tirada em Palma de Maiorca no meio da noite, um termômetro de rua marca 33 graus Celcius. Segundo cientistas, 2017 confirma a tendência global recente de calor extremo, e poderá contar entre os anos mais quentes já registrados.
Calor romano
A ultraturística capital da Itália contou entre as metrópoles mais atingidas pela onda quente. O Vaticano foi forçado a desligar as fontes de água potável em julho. Por sorte, no início de agosto, quando as temperaturas entraram na casa dos 40 graus Celcius, havia algumas possibilidades para se refrescar no centro de Roma.
Nada como um banho de lama
Quando Madri chegou a incômodos 39 graus Celcius em junho, não só os habitantes humanos usaram de todos os meios possíveis para escapar do calor: para estes rinocerontes do zoológico madrileno, a resposta foi rolar na lama úmida.
Brincadeiras e engarrafamentos
Para as crianças, refrescar-se é também um grande pretexto para brincadeiras. Por toda a Europa as fontes públicas atraíram multidões – como aqui, em Nice, no sul da França. Enquanto isso, em várias cidades tanto as autoestradas em direção ao litoral como as que levam a alguns aeroportos ficaram abarrotadas de moradores que tentam escapar do sufoco urbano.
Céus eletrificados
Não é só o calor: julho de 2017 foi um dos mais úmidos desde os primeiros registros meteorológicos, em 1881, com relâmpagos cortando os céus e chuvas torrenciais frustrando os planos de churrasco ou banho de sol. Os cientistas confirmam que, além de ondas de calor e tempestades, a mudança climática global tem promovido condições meteorológicas extremas por todo o mundo.
Chuva e diversão
Enquanto outras cidades europeias sofriam com a seca, os participantes do desfile do Dia do Orgulho Gay em Berlim festejavam sob pesada chuva. Assim como o restante da Alemanha, a capital tem tido um verão inusitadamente chuvoso, com enormes pedras de granizo, raios e trovões.
Madeira!
Neste verão, o norte da Alemanha foi especialmente castigado por ventos com intensidade de tufão, deixando ruas inteiras recobertas de destroços. As tormentas derrubaram árvores inteiras, como este imponente castanheiro, atingido por um furacão em junho, em Hamburgo. O tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo da metrópole sofreu distúrbios, e pelo menos duas pessoas morreram.
Debaixo d'água
A Áustria tampouco foi poupada pelo dilúvio. Turistas que procuravam calma e lazer em Salzburgo em agosto foram surpreendidos por chuva e granizo. As enchentes isolaram completamente o apreciado vale Grossarltal, e pelo menos três pessoas morreram.
Férias em chamas
No Sul da Europa, os incêndios florestais devastaram amplas áreas. Na foto, turistas da pitoresca Côte d'Azur observam as colinas em chamas, acima de suas cabeças. As autoridades tiveram que evacuar a área, retirando 10 mil pessoas.
Terra queimada
O fogo também assolou diversas regiões de Portugal, Itália, Espanha e Croácia, danificando e destruindo casas, fazendas e florestas. Até o fim de julho, o continente registrou mais do que o triplo da média anual de incêndios, sendo parte comprovadamente criminosa. Em junho, eles fizeram 64 vítimas em Portugal.