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Venezuela fecha fronteira com Brasil por 72 horas

13 de dezembro de 2016

Após selar passagem para Colômbia, governo Nicolás Maduro controla também entradas em Roraima. Justificativa é combater "máfias" que contrabandeiam moeda local para, segundo Caracas, desestabilizar economia venezuelana.

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Venezuela Nicolas Maduro
Foto: Reuters/M. Bello

Depois de anunciar o fechamento da fronteira com a Colômbia por 72 horas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou, também nesta terça-feira (13/12), o bloqueio da fronteira com o Brasil, na cidade de Pacaraima, norte do estado de Roraima, pelo mesmo período de tempo.

A determinação foi confirmada pelo cônsul-adjunto da Venezuela em Roraima, José Martinez, ao portal de notícias G1.

De acordo com Martinez, a fronteira será reaberta às 0h da próxima quinta-feira (15/12). A medida, publicada em decreto oficial, foi justificada para enfrentar as "máfias" de contrabando da moeda venezuelana que operam nessa região.

A medida já tinha sido anunciada para a fronteira da Colômbia. "Apreendemos 64 milhões de bolívares que estavam sendo passados por caminhos e estradas, pelo que decidi fechar a fronteira com a Colômbia por 72 horas", declarou Maduro nas estações de rádio e televisão estatais, nesta terça-feira.

No último domingo, o líder venezuelano anunciou o recolhimento das notas de 100 bolívares para fazer frente a essas supostas "máfias" que, segundo ele, estariam armazenando as notas para desestabilizar a economia do seu país.

O presidente afirmou que se trata de um ataque de máfias estrangeiras em conjunto com a oposição da Venezuela, "através de uma ONG contratada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos".

A medida para eliminar a nota surge no momento em que o Banco Central da Venezuela anuncia seis novas notas, de 20.000, 10.000, 5.000, 2.000, 1.000 e 500 bolívares, e mais três moedas, de 100, 50 e 10 bolívares, para se adaptar à galopante inflação que afeta o país.

TMS/lusa/efe