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União Européia mudará lei para enviar armas ao Afeganistão

Paulo Chagas31 de outubro de 2001

Decisão será formalmente tomada no próximo encontro dos ministros europeus, no dia 5 de novembro.

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Os representantes dos países da União Européia, reunidos nesta quarta-feira (31), em Bruxelas, concordaram com o pedido da Grã-Bretanha, para autorizar o fornecimento de armas às forças que combatem o regime talibã no Afeganistão.

Uma resolução de 1996 proíbe que os países da UE “forneçam armas e munições a todas as partes implicadas no conflito do Afeganistão”. Esta resolução foi tomada depois que as Nações Unidas haviam decidido o mesmo.

Porém, em dezembro de 2000, a ONU adotou uma outra resolução – a de número 1333 – limitando as sanções militares às regiões do Afeganistão controladas pelo regime talibã.

A Rússia e o Irã são os únicos países que fornecem armas à Aliança do Norte, que combate o talibã. Os Estados Unidos começaram esta semana a lançar de aviões armas e munições para esses rebeldes precariamente armados.

Alemanha diz que não fornecerá armas

O governo alemão afirmou que não pretende fornecer nenhuma arma à Aliança do Norte. A legislação alemã proíbe que armas sejam enviadas a regiões em crise.

O governo da coalizão de social-democratas e verdes estabeleceu, em janeiro de 2000, as bases políticas para proibir as exportações de material bélico a regiões envolvidas em conflitos armados. O respeito aos direitos humanos tornou-se, desde então, o parâmetro básico para se autorizar exportações de armamentos.

Desde o dia 7 de outubro, os Estados Unidos, apoiados pela Grã-Bretanha, estão atacando o regime talibã e a organização extremista muçulmana Al Qaeda, chefiada por Osama bin Laden. Os norte-americanos consideram que bin Laden e Al Qaeda são responsáveis pelos ataques terroristas em Nova York e Washington, onde morreram provavelmente 4.800 pessoas.

Antes do início dos ataques, os Estados Unidos deram um ultimato ao talibã para entregar bin Laden. A Aliança do Norte, formada por minorias étnicas do Afeganistão, está sendo apoiada pelos Estados Unidos.